Como o Brasil pode elaborar seu próprio plano de retomada econômica verde, que alie desenvolvimento e melhoria dos indicadores socioeconômicos a um processo de diminuição de suas emissões de gases de efeito estufa e de adaptação aos impactos das mudanças climáticas? Como as experiências de outros países podem inspirar o Brasil a construir a sua própria estratégia? Essas perguntas estão sendo debatidas no Seminário Retomada Econômica Verde, evento que acontece hoje (30), das 9h às 13h, no Auditório Steffi e Max Perlman, do Insper, uma das principais instituições de ensino superior e pesquisa do Brasil. As inscrições podem ser feitas aqui.

Participam do evento a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (remotamente); o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores; o secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco; a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa; a diretora de Natureza e Sociedade do CEBDS, Juliana Lopes; e o diretor executivo do Instituto Escolhas, Sergio Leitão. A mediação será da professora e líder do Centro de Sustentabilidade do Insper, Priscila Claro; e do presidente do IDS – Instituto Democracia e Sustentabilidade, Ricardo Young.

Durante o seminário, será apresentado o trabalho desenvolvido pelo Centro de Sustentabilidade do Insper, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), plataforma Arq.Futuro e a plataforma Por Quê? Economês em bom português. Atentas ao desafio global de enfrentar a emergência climática, essas organizações somaram esforços, com apoio do Itaú Unibanco, para conhecer e registrar como alguns países estão implementando essa agenda, a fim de identificar experiências que podem ser úteis ao Brasil.

Para oferecer subsídios para uma reflexão sobre como o Brasil pode seguir um caminho promissor, esta iniciativa buscou compreender como alguns países vêm atuando nesse processo. Chile, França, China e EUA foram os casos escolhidos, cada qual com sua particularidade, mas todos com um ponto em comum: avanços objetivos, concretos e planejados na transição para um modelo de economia neutra em carbono. 

O perfil das emissões globais de gases de efeito estufa permite visualizar como se dá a contribuição dos países nessa dinâmica, sendo China e EUA os dois maiores emissores, responsáveis por 35,7% do total. Cerca de 10 países e a União Europeia são responsáveis por quase 70% das emissões e concentram mais de 70% do Produto Interno Bruto do mundo.

Nota: dados de emissão do Climate Watch referentes às emissões de 2018. Países da União Europeia (sem Reino Unido) foram agrupados, seguindo compromissos assumidos no Acordo de Paris. Classificação considerando mudanças no uso da terra e florestas.

As experiências de Chile, França, China e EUA, com os desafios inerentes ao processo são casos que demonstram o ganho de centralidade da agenda da retomada econômica verde. São casos práticos de ações que estão sendo planejadas e implementadas, estabelecendo como prioridade o enfrentamento às mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, criando condições de desenvolvimento, geração de renda e emprego e poder geopolítico. 

Estabelecer a agenda climática como prioridade política é um passo fundamental para viabilizar as condições dessa transição, sendo que esse protagonismo se reflete tanto na estrutura de governo quanto na capacidade de articulação e integração dos diferentes setores. A participação social, o engajamento e a sensibilização de toda a sociedade também despontam como fator fundamental nesse processo. 

A emergência climática é uma questão central da humanidade, e reconhecer essa situação é fundamental para criar condições de desenvolvimento inclusivo, justo e sustentável e que considere o enfrentamento às mudanças climáticas como eixo estruturante. O Brasil tem todas as condições de ser um líder nessa agenda e as experiências de Chile, França, China e EUA apresentam lições e aprendizados importantes que podem servir de inspiração.

“A transição para uma economia verde implica em adotar práticas sustentáveis, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, desenvolver energias renováveis, promover a eficiência energética, adotar tecnologias limpas e estimular a conservação dos recursos naturais. Pretendemos abordar estes e outros temas durante o Seminário e propor ações para um futuro mais equilibrado e saudável”, diz Priscila Claro, professora e líder do Centro de Sustentabilidade do Insper.

Os países participantes da série de quatro seminários foram:

• Chile – em 27/06/2022, com a apresentação de Carolina Schmidt: Ex-Ministra da Educação (2013-2014) e do Meio Ambiente (2018- 2021) do Chile. Presidiu a 25ª COP da ONU, que aconteceu em 2019, em Madrid.
• Vídeo com íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=MoMYmLxANng 

• França – em 26/07/22, com a apresentação de Barbara Pompili: Deputada na Assembleia Nacional da França. Ex-Ministra da Transição Ecológica da França (2020-2022) e ex-Secretária de estado para biodiversidade (2016-17).
• Vídeo com íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=MoMYmLxANng 

• China – em 04/07/22, com a apresentação de Lauri Myllyvirta: Lead Analyst no Centre for Research on Energy and Clean Air e Renato Roldão: Vice-presidente e Managing Director no ICF Climate Center, na China, consultoria que atua nas áreas de tecnologia e políticas públicas.
• Vídeo com íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=EFHErhzhNhU 

• Estados Unidos – em: 01/09/22, com apresentação de Julie Cerqueira: Principal Deputy Assistant Secretary no Office of International Affairs do Departamento de Energia dos Estados Unidos da América.
• Vídeo com íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=C8AJHF9Pdoc 

Serviço

Retomada Econômica Verde no Brasil

Data: 30/5/2023 (terça-feira)

Horário: 9h às 13h

Local: Auditório Steffi e Max Perlman

Entrada: Rua Quatá, 300

Inscrições: https://www.even3.com.br/20230530/ 

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