Volume total de água não faturada no país equivale a quase 8 mil piscinas olímpicas de água tratada

Novo estudo do Trata Brasil aponta Limeira, Maceió, Palmas e Sumaré entre as 20 cidades com os menores índices de desperdício.


O volume total de água não faturada no país, (cerca de 7,3 bilhões de metros cúbicos) equivale a quase oito mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente. É o que revela o estudo “Perdas de água potável (2023, ano base 2021, SNIS): desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do saneamento básico no Brasil”, divulgado neste mês pelo Trata Brasil. Esse dado é alarmante quando consideramos que, no Brasil, ainda existem 33 milhões de brasileiros sem água tratada. O volume desperdiçado seria suficiente para abastecer cerca de duas vezes o número de habitantes sem acesso ao recurso.

Focada em reverter essa realidade nos municípios onde opera os serviços de água e esgoto, a BRK, uma das principais empresas privadas de saneamento do país, realiza um trabalho contínuo e estruturado, voltado exclusivamente ao controle de perdas. Com a estratégia, as cidades de Maceió (AL), Palmas (TO), Limeira e Sumaré, ambas em São Paulo, foram consideradas referências nacional no estudo.

Destaques do estudo Trata Brasil 2023

Limeira (SP) - O município do interior de São Paulo se mantém como referência nacional em saneamento e é apontado pelo estudo com padrões de excelência em perdas de água. A cidade aparece como uma das que menos perde água no sistema de distribuição, ocupando a 6ª posição, com um índice de 20,2% entre o volume de água que é desperdiçado em relação à quantidade produzida; percentual inferior aos 40,25% da média nacional. No indicador sobre as perdas de água por ligação, Limeira tem o quinto melhor resultado do país, com uma perda de 132,4 litros. A média brasileira observada no estudo neste indicador é de 333,9 litros/dia por ligação e o patamar de excelência é de 216 litros/dia.

O resultado é fruto de um trabalho contínuo da concessionária. Entre 2009 e março deste ano, a companhia investiu cerca de R$ 13,3 milhões para reduzir as perdas de água em Limeira, e em 2022, o índice caiu para 19,86%. Em 28 anos de concessão, a quantidade do recurso preservado chega a mais de 5,6 bilhões de litros, o equivalente a 2.240 piscinas olímpicas, volume suficiente para abastecer toda a cidade de mais de 300 mil habitantes por três meses.

Sumaré (SP) - Outro destaque no interior paulista é Sumaré. O município é um dos 20, dentre os 100 de maior população no país, que mais reduziu o índice de perdas de água nos últimos cinco anos (entre 2017 e 2021). Desde o início da concessão – em junho de 2015 – até dezembro de 2022, foram cerca de R$ 29 milhões investidos pela empresa na redução de perdas na cidade.

O estudo revela que as perdas na distribuição de água em Sumaré reduziram 12,25 pontos percentuais. Em 2017, o índice era de 48,53% e caiu para 36,28% em 2021. O Trata Brasil também destaca que, a cidade está entre as 20 melhores listadas na evolução do índice de perdas de água por ligação, saindo de 407,89 para 269,50 litros no período analisado. Isso significa 138,39 litros de água a mais chegando às torneiras.

Maceió (AL) - A cidade alagoana também está entre as 20 melhores, com evolução de -16,1 pontos percentuais no índice de perdas de água por distribuição, saindo de 57,17% em 2017 para 41,07% em 2021.

O balanço anual de perdas da concessionária para a Região Metropolitana de Maceió, revela que de janeiro de 2022 a janeiro de 2023, as ações da empresa conseguiram evitar que 3.608.522m³ (mais de três trilhões de litros) de água tratada fossem desperdiçados – volume suficiente para abastecer quase 52 mil pessoas em um dia. A BRK tem como meta contratual a redução das perdas de água para, no máximo, 25% em 20 anos. Em menos de dois anos de operação, a empresa já conseguiu alcançar resultados esperados para cinco anos do contrato em Alagoas.

Palmas (TO) - A capital do Tocantins também se destaca na 11ª colocação, com um índice de perdas por ligação de 161,4 litros de água ao dia, volume 25,2% abaixo do que é estabelecido pelo estudo como sendo o padrão de excelência (216L/ligação/dia).

Nos últimos seis anos, a BRK investiu mais de R$ 1,09 bilhão para garantir acesso a água e esgoto aos tocantinenses e paraenses, inclusive direcionados para novos programas e tecnologias para minimizar perdas de água.

Como ocorrem as perdas de água?

Até chegar às torneiras da população, a água passa por um longo caminho. Da captação à distribuição, parte do volume tratado é perdido de forma não intencional (perdas físicas ou reais), seja devido a vazamentos visíveis ou invisíveis que são aqueles que não afloram à superfície (por conta de tubulações antigas); ou por perdas não físicas, como ligações clandestinas (conhecidas como ‘gatos de água’), falhas ou imprecisão na medição do consumo de água (hidrômetros antigos que perderam a capacidade de medir o real consumo dos imóveis).

Para mudar essa realidade, a BRK tem investido em um programa de controle de perdas, que parte do conhecimento sobre o volume de água tratada distribuído e o volume consumido pela população das diversas regiões atendidas. Por meio da substituição das tubulações, da instalação de equipamentos de medição nas unidades de produção de água e da substituição de hidrômetros antigos e ineficientes, a concessionária consegue identificar as localidades onde há mais desperdícios e adotar medidas assertivas.

BRK Ambiental - brkambiental.imprensa@maquinacw.com

Carolina Decresci – carolina.decresci@maquinacohnwolfe.com  

Kadygia Ferreira – kadygia.ferreira@maquinacohnwolfe.com 

Nancy Campos – nancy.campos@maquinacohnwolfe.com 

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