Servidora do ICMBio recebe um prêmio internacional por ajudar a conservar a região
Agência Brasil -
Maria Bernadete Barbosa trabalha há 35 anos na conservação do parque
A servidora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Maria Bernadete Silva Barbosa, que atua como monitora ambiental no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia, recebeu um prêmio internacional por ajudar a conservar a região. O Abrolhos é considerado o local com a maior biodiversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul.
O Prêmio Internacional dos Guarda-Parques (International Ranges Awards) é patrocinado pela organização estrangeira União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Esta é a terceira edição do prêmio que reconheceu o trabalho de cinco guarda-parques individuais e quatro equipes de guarda-parques de todo o mundo. Neste ano, foram avaliados mais de 100 candidatos.
“Após 35 anos de trabalho dedicado no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Maria Bernadete Silva Barbosa tornou-se um símbolo para a promoção da conservação marinha no Brasil”, destacou a IUCN. Os vencedores recebem U$ 10 mil que deve ser usado em ações locais de conservação ambiental.
Ao receber o prêmio, em cerimônia virtual, a servidora agradeceu. “Com meus 60 anos, sirvo aqui de exemplo e recebe esse prêmio importante que me alegra demais”, afirmou Maria Bernadete.
Conhecida como Berna, a profissional já havia recebido, em 2019, o prêmio Guarda-Parque Destaque da América Latina, do Congresso de Áreas Protegidas da América Latina e do Caribe. Em 2021, recebeu o título Amigo da Marinha por seus serviços prestados à Marinha brasileira, parceira do ICMBio na conservação de Abrolhos.
Em mais de três décadas de trabalho, ela realizou atividades de educação ambiental, gestão de visitação, apoio à proteção e monitoramento de entrada de embarcações ilegais e de animais, como tartarugas, aves e corais, além de manejar o controle de espécies exóticas invasoras do parque.
Berna foi ainda reconhecida pelos colegas como sendo responsável por detectar precocemente o branqueamento dos corais, fenômeno causado pelo aumento da temperatura das águas que afeta a vida marinha dos recifes.
*Com informações do ICMBio