Central de Custódia atua como verificador de resultados da logística reversa de embalagens no Brasil

Papel, plástico, metal e vidro estão entre os maiores resíduos contabilizados e retornados ao ciclo produtivo, de acordo com a base de dados digital


Atuando como verificador de resultados da logística reversa de embalagens no Brasil, a Central de Custódia registrou mais de 1,5 milhão de toneladas verificadas. Para ser mais preciso, já são 1.595.736,48 toneladas de embalagens pós consumo retornadas ao ciclo produtivo.

Nesse montante, destacam-se a quantidade de 717,5 mil toneladas de papel (45%), seguido por 427,3 mil de material plástico (26,8%), 222,6 mil de metal (14%), 211,4 mil de vidro (13,3%) e 16,6 mil (1%) de outros materiais. Tais resíduos foram triados e recuperados por 1.268 operadores, divididos em 664 cooperativas e associação de catadores e 604 outros atores (comércios atacadistas, unidades de triagem mecanizada entre outros).

“É importante destacar que desse resultado, 51,6% ou 817 mil toneladas foram recuperados por cooperativas e associação de catadores/cadatadoras, demonstrando que o país tem uma logística reversa majoritariamente estruturante, priorizando esse elo da cadeia”, explica Fernando Bernardes, Diretor de Operações da Central de Custódia.

Central de Custódia atua como verificador de resultados da logística reversa de embalagens no Brasil

Legislação

De acordo com Bernardes, o Brasil tem se reestruturado e vem avançando, tanto tecnologicamente como em arcabouços legais para mudar uma realidade até então tímida na reciclagem de materiais. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), das 82,5 milhões de toneladas geradas anualmente, é reciclado no país apenas 4%. 

No ano passado, foi lançado, após 12 anos da PNRS, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) e em fevereiro deste ano, o Decreto Federal nº 11.413/2023 que regulamente os Créditos de Reciclagem. O Planares trouxe três principais motores para fazer a reciclagem sair dos 4% e chegar em 20% de todos os resíduos gerados até o ano de 2040, que são o aumento da coleta seletiva, a instalação de unidades de triagem mecanizadas para segregar os resíduos misturados nos aterros sanitários (aqueles que escapam pela fatal de educação ambiental) e o avanço das metas de cumprimento da logística reversa de embalagens em geral, que passará de 22% para 50% até 2040.

O Decreto Federal 11.413, de 2023, regulamentou o processo de comprovação de resultados de logística reversa, impondo que a homologação, com a comprovação da veracidade, da autenticidade, da unicidade e da não colidência de nota fiscal eletrônica por verificador de resultados independente, é agora um passo obrigatório para todos os programas e entidades gestoras que prestam serviços para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos comercializados em embalagens. “É na verificação de resultados com rastreabilidade integral dos fluxos de materiais que a Central de Custódia de Logística Reversa vai auxiliar o país a avançar nesses índices de reciclagem”, destaca o executivo,

Hoje, essa taxa de apenas 4% de reciclagem de materiais no Brasil é pequena, principalmente quando comparadas a países em níveis de desenvolvimento similar ao Brasil. Conforme dados da International Solid Waste Associaciation (ISWA), a taxa de reciclagem no Chile, Argentina, África do Sul e Turquia é de 16% de todos os resíduos gerados.

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Felipe Rariz – felipe@pressaporter.com.br

Gustavo Diamantino – gustavo@pressaporter.com.br

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