Sistema de membranas por ultrafiltração utilizado ETA Lago Norte é considerado referência no Brasil

Em média, 20 pessoas visitam a ETA mensalmente. O interesse acontece porque a Estação, que fica na ML 4 no Setor de Mansões do Lago Norte


Inaugurada em 2017, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte recebe visitantes todos os meses. Em média, 20 pessoas visitam a ETA mensalmente. O interesse acontece porque a Estação, que fica na ML 4 no Setor de Mansões do Lago Norte, tem como diferencial a captação de água por meio de balsas flutuantes e a utilização do sistema de tratamento por membranas de ultrafiltração, que é uma das mais modernas tecnologias usadas para tratar água.

Na semana passada, por exemplo, técnicos do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais estiveram na Caesb para conhecer o trabalho de despoluição do Lago Paranoá realizado pela Companhia. A experiência da Caesb com a despoluição, que havia sido relatada pelo diretor de Operação e Manutenção da Companhia, Carlos Eduardo Borges, durante uma audiência pública realizada pela CPI da Lagoa da Pampulha, em Minas Gerais, despertou o interesse das autoridades. Eles quiseram conhecer os processos utilizados que permitiram à Caesb tornar o Lago Paranoá, antes poluído, uma fonte de abastecimento para o Distrito Federal. A ETA Lago Norte foi visitada por ser a estação responsável pela captação e pelo tratamento da água captada no Lago.

O sistema de tratamento de água de Ultrafiltração por Membranas tornou-se referência no Brasil e apresenta várias vantagens, como o elevado nível de remoção de contaminantes por um mecanismo simples de exclusão por tamanho. A membrana apresenta um tamanho de corte de 0,030 micros (para se ter uma ideia do tamanho, divida 1 milímetro em 30 mil pedaços), o que a torna capaz de reter microorganismos (vírus, bactérias, protozoários como Giardia e Cryptosporidium), partículas, sólidos em suspensão, entre outros, gerando uma água tratada de excelente qualidade. “Esse sistema dá uma segurança muito grande para a população, independente da época do ano. Nos métodos convencionais, há variação de resultados a depender do período e é preciso usar mais produto químico”, explica a engenheira química Cláudia Simões, coordenadora de Operação da Caesb responsável pelo sistema. O uso de produtos químicos se restringe ao processo de limpeza das membranas e aos itens obrigatórios para garantir a potabilidade da água, segundo a legislação. A ETA Gama também utiliza o sistema.  

A ETA Lago Norte tem a capacidade de captar, tratar e distribuir 700 litros de água por segundo e abastece o Lago Norte, o Paranoá, o Itapoã, Varjão, o Taquari e parte de Sobradinho e da Asa Norte.

Crédito da foto: Cristiano Carvalho (Caesb)

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