Instituto Trata Brasil promove a 7ª edição do Prêmio Casos de Sucesso & ESG
Trainee de Comunicação -
Confira os destaques, as aspas e os números que contam como foi a 7ª edição do Prêmio “Casos de Sucesso & ESG”
O Instituto Trata Brasil (ITB), organização da sociedade civil dedicada ao avanço do saneamento básico e proteção dos recursos hídricos do país, promoveu neste mês a 7ª edição do Prêmio “Casos de Sucesso & ESG”. O evento, organizado em parceria com o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (CEISA-FGV), prestigiou as boas práticas de municípios e empresas no âmbito do abastecimento de água e esgotamento sanitário.
A premiação reuniu, no auditório da FGV em São Paulo (SP), mais de 120 gestores públicos, executivos de empresas ligadas ao saneamento, profissionais da saúde e demais interessados no assunto.?A mesa de abertura contou com a presença de importantes representantes do setor no governo federal, como o Secretário Nacional de Saneamento, Leonardo Picciani, e o Superintendente Adjunto de Regulação de Saneamento Básico ANA (Agência Nacional de Águas), Alexandre Anderáos.
1. Abertura
Luana Pretto, presidente executiva do ITB, iniciou o evento agradecendo a honra de estar presente nesta sétima edição do evento. “O objetivo deste Prêmio é reconhecer quem tem feito muito pelo saneamento do nosso país. Temos que entender que o saneamento é prioridade e esquecer a velha política de que obra enterrada não dá voto”, afirmou a executiva. Também participaram da abertura Gustavo Siqueira, Diretor-Geral da Saint-Gobain Canalização para a América Latina e Presidente do Conselho do Instituto Trata Brasil e Gesner Oliveira, Coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV. Confira as principais falas:
“Hoje você não consegue mais fugir da importância do saneamento. Temos que parar de normalizar a sua falta, o esgoto a céu aberto. É muito gratificante hoje termos uma premiação para reconhecer o saneamento e a sua cadeia produtiva. Devemos trabalhar todos juntos para alcançar a sua universalização”, Gustavo Siqueira, Diretor-Geral da Saint-Gobain Canalização para a América Latina e Presidente do Conselho do Instituto Trata Brasil.
“Aqui temos pessoas que realmente batalham pelo saneamento. A Fundação Getúlio Vargas se orgulha de participar de trabalhos com impacto social como as desenvolvidas em parceria com o Trata Brasil”, Gesner Oliveira, Coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV.
“Para se ter uma boa governança das prestadoras de serviço, devemos ter uma boa governança das entidades reguladoras, para que haja incentivos também para todas para as prestadoras, incentivando boas práticas de ESG, por exemplo. Esse ano vamos publicar a norma de referência de governança que apoiará o setor neste sentido”, Alexandre Anderáos, Superintendente Adjunto de Regulação de Saneamento Básico ANA (Agência Nacional de Águas).
“Precisamos saudar as boas iniciativas, as vitórias e conquistas, para que elas sirvam de farol e iluminem o caminho, criando assim um círculo virtuoso para o saneamento básico no país. O tema vem tendo grande repercussão esse ano e isso é muito positivo. Justamente a mobilização, jogar luz sobre o tema, que possibilita que a população e os gestores se mobilizem e que as coisas de fato aconteçam. O descaso histórico do Brasil com saneamento encontra hoje um momento de ouro para ser revertido. Reafirmo o compromisso do Governo Federal do cumprimento da lei do saneamento, da meta da universalização e pela busca incessante para destravar e atrair cada vez mais investimentos, sejam eles públicos ou privados”, Leonardo Picciani, Secretário Nacional de Saneamento.
2. Melhores Evoluções em Tratamento de Esgoto
A primeira categoria do Prêmio contou com representantes de três municípios que se destacaram no tema: Mauá (SP), Cuiabá (MT) e Aparecida de Goiânia (GO). Todas as categorias foram apresentadas pelo jornalista Carlos Tramontina, que possui um profundo vínculo com o tema, tendo escrito, com o apoio institucional do Trata Brasil, o livro “Tietê, Presente e Futuro”, publicado em 2011. Veja abaixo os destaques:
“No passado, o tratamento de esgoto era considerado pelo administrador público como algo de segunda categoria, que não era importante para a qualidade de vida da população. Hoje, investir em saneamento deixou de ser considerado como enterrar dinheiro pelos gestores, ainda que tenhamos todos um enorme caminho a cumprir até a universalização. O Trata Brasil é hoje uma referência para a imprensa ter como base na discussão do saneamento básico”, Carlos Tramontina, jornalista.
“Muito feliz com essa iniciativa. É o segundo ano que nosso município é premiado. Em 2003 tomamos uma acertada decisão de conceder o nosso tratamento de esgoto. Estabelecemos requisitos que a empresa deveria cumprir em um determinado tempo. Neste período, foi construído mais de 615km de nova rede de esgoto, sete novas estações elevadas além de mais de R$ 226 milhões em investimento. Avançar no saneamento é um grande desafio de médio e longo prazo. Em Mauá tivemos investimento privado em saneamento e estamos hoje colhendo os frutos, cuidando sempre de nossas pessoas. Estar aqui hoje é um orgulho muito grande”, Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá.
“O que Mauá tem que vale a pena incentivarmos é a continuidade. Obras de saneamento impactam positivamente a vida das pessoas. Na cidade já batemos a meta estabelecida pela Lei 14.026/2020, o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”, de 90% de coleta e tratamento de esgoto, batida com 10 anos de antecedência”, Cleber Renato Virgínio da Silva, diretor de operações na BRK Ambiental - Mauá
“Apesar das muitas dificuldades e dos transtornos gerados para a população, com as necessárias obras para a implementação da rede de esgoto, hoje a população colhe os resultados. Construímos e ampliamos estações de tratamento, além da construção de mais de 400km de rede coletora. Mas os desafios não param por aí. É preciso que o governo crie mecanismos que permitam que a população carente seja conectada nessa rede”, Alexandro Adriano Lisandro de Oliveira, Diretor de Fiscalização da ARSEC (Agência Municipal de Regulação de Cuiabá).
“Um grande desafio hoje é fazer com que a população se interligue às redes coletoras. Já temos um claro benefício ao meio ambiente: deixamos de lançar 40 toneladas de carga poluidora nos rios Cuiabá e Coxipó, o que pode ser ampliado com o aumento dessa aderência às redes. Hoje aproximadamente apenas 40% das redes novas implantadas se conectam imediatamente após o investimento”, Renato Carlini Camargo, Diretor Geral da Iguá Saneamento – Cuiabá.
“Um primeiro desafio é conscientizar a população da dificuldade de implementar rede de esgoto no município. Mas a dificuldade, o transtorno com as obras passa, e o benefício fica. O pessoal as vezes ainda fala que saneamento não traz voto, mas traz sim. Traz saúde, qualidade de vida e benefícios para o meio ambiente”, Vilmar Mariano, prefeito de Aparecida de Goiânia.
“As parcerias são fundamentais quando o objetivo é acelerar o acesso à rede de esgoto. Atuamos em 225 municípios do estado de Goiás, atendendo aproximadamente 6 milhões de habitantes. Não somente precisamos da condição econômica da empresa, mas também temos que ter as condições políticas para isso acontecer, como foi o caso de Aparecida de Goiânia e do governo estadual”, Ricardo José Soavinski, diretor presidente da Saneago.
3. Melhores Evoluções no Ranking do Saneamento
Foram homenageadas nesta categoria as cidades que mais evoluíram no Ranking do Saneamento, produzido anualmente pelo Trata Brasil. Levaram os troféus os municípios de Sorocaba (SP), Niterói (RJ) e São José do Rio Preto (SP). Confira como foi a categoria:
“Uma evolução que auxiliou o serviço de água e esgoto do município foi transformar o departamento de água em uma autarquia, que hoje é saudável financeiramente. O nosso tratamento do esgoto contribuiu para que os rios do entorno voltassem a ter peixe. Além disso, importante mencionar o impacto positivo desse investimento na saúde: nós temos hoje um dos menores índices de mortalidade infantil do país”, Edinho Araújo, prefeito de São José do Rio Preto.
“Para mantermos o bom trabalho precisamos atuar conjuntamente. Ninguém faz nada sozinho. Além disso, é fundamental ter planejamento, bons projetos para guiar os nossos esforços. Outro ponto importante é preservar a natureza. Onde você não preserva a nascente, onde você não trata o esgoto, você não tem água. É um trabalho constante a favor do meio ambiente e das pessoas”, Nicanor Batista Júnior, Superintendente da SEMAE - São José do Rio Preto.
“O Trata Brasil tem um papel muito importante de promover a pauta do saneamento básico. Eu fui eleito com a bandeira da sustentabilidade e tenho hoje muito orgulho da trajetória de Niterói na área do saneamento. Para isso, a parceria com a Águas de Niterói foi fundamental para sair de um estado de degradação para uma realidade de 96% do esgoto tratado e coletado. Investir em saneamento, com a comunicação correta, rende sim voto e, principalmente, saúde para a população”, Axel Schmidt, prefeito de Niterói.
“Nosso contrato com Niterói já vai para quase 24 anos, é um contrato maduro. Ao longo desse período a concessionária investiu mais de R$ 1,3 bilhão de reais. Os resultados de hoje são uma consequência dessa parceria e investimento”, Bernardo Gonçalves, diretor executivo do Grupo Águas do Brasil - Niterói.
“De 2019 a 2021 os investimentos nas ampliações nas estações de tratamento de esgoto foram na ordem de R$150 milhões. Uma autarquia, gestão pública, mostrando ter sim condições de fazer um bom trabalho e fazer a diferença”, Tiago Suckow, diretor geral da SAAE – Sorocaba.
“A continuidade é importante para o serviço de saneamento, aliada à capacidade técnica do corpo de funcionários. A preocupação com o saneamento não é algo de quatro anos, mas sim um investimento perene”, Reginaldo Schiavi, diretor de Produção da SAAE – Sorocaba
3. Melhores Evoluções em Perdas de Água
A categoria contou com representantes dos municípios de Taboão da Serra (SP), Petrópolis (RJ) e São José dos Pinhais (PR). Confira alguns trechos da premiação:
“Pela sua topografia temos diversos desafios com o abastecimento de água no município. Com investimento em ampliação de infraestrutura e renovação conseguimos evoluir muito neste quesito. Hoje oferecemos água tratada a mais de 90% da população”, Paulo Mustrangi, vice-prefeito de Petrópolis.
“Evitar perdas de água é muito importante. Em 10 anos fizemos mais de 32 mil estudos de perdas invisíveis, investindo constantemente em tecnologia para isso”, João Henrique Tebyriça de Sá, diretor da Águas do Imperador – Petrópolis.
“Se não for firme, não agir, não ter um trabalho constante, o desperdício de água acontece. Por isso monitoramos e investimos constantemente para evitar essas perdas”, José Aprígio da Silva, prefeito de Taboão da Serra.
“A Sabesp conta desde 2009 com um programa corporativo de redução de perdas, promovendo ações e acompanhamento delas com continuidade para mantermos o indicador. Investimos no ano passado cerca de R$ 1 bilhão só em perdas, considerando todos os municípios em que atuamos”, Eliana Ruffo, superintendente Regional da Sabes – Taboão da Serra.
“Muito importante para alcançarmos esse resultado a parceria com a Sanepar, uma longeva colaboração que vem desde a década de 70. Hoje estamos com quase 100% de fornecimento de água em todas as casas e 83% do esgoto sanitário”, Assis Manoel Pereira, vice-prefeito de São José dos Pinhais.
“A companhia tem mais de 60 mil quilômetros de rede de água no estado, atendendo 345 municípios no Paraná, abrangendo um pouco mais de 11 milhões de pessoas. O nosso maior desafio hoje é a questão de perdas e esgotamento sanitário, que significa saúde e bem-estar para a população. Só em São José dos Pinhais pretendemos investir mais de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos no tocante ao esgotamento sanitário”, Claudio Stabile, presidente da SANEPAR - São José dos Pinhais.
4. Melhores Casos ESG
A última e inédita categoria premiou as concessionárias de saneamento com as melhores iniciativas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, do inglês environmental, social andgovernance). Abaixo os cases e principais pontos discutidos:
SABESP: A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo foi escolhida no pilar Meio Ambiente pelo programa “Novo Rio Pinheiros”. Ele tem como objetivo revitalizar o Rio Pinheiros para reduzir o esgoto lançado em seus afluentes, melhorar a qualidade das águas, e a recuperação ambiental e paisagística ao seu entorno.
“Despoluir um rio urbano não é somente focar no rio. Temos que atacar o esgoto, a causa raiz, o motivo da poluição. É um projeto muito emblemático para a cidade de São Paulo. Hoje já vemos a população usando mais a ciclo faixa e quiosques ao redor. Apesar de, por ser um rio urbano, provavelmente as pessoas nunca voltem a nadar ou beber água, os avanços até o momento já são consideráveis. Levamos saneamento básico e água tratada para diversas comunidades da região. Ao todo já foram cerca de R$ 1,7 bilhão de reais em investimento, R$ 22 milhões destes destinados à programas sociais nessas regiões para fazer essas 230 mil ligações e impactar positivamente aproximadamente 2 milhões de pessoas”, Virginia Ribeiro, Superintendente de Sustentabilidade e Governança da SABESP.
AEGEA: A Aegea Saneamento foi escolhida no pilar Social pelo programa “Respeito Dá o Tom”. O programa de diversidade e igualdade racial existe há cinco anos e tem como objetivo espelhar a demografia da população brasileira no quadro de funcionários da empresa.
“Como companhia, decidimos ir além. Se estamos em uma país onde mais de 50% da população é composta de pretos e pardos e se isso não é refletido na hierarquia da companhia, nós estamos diante de um problema. Em 2017 estruturamos o programa para efetivamente dar oportunidade a esse público externo e desenvolver as pessoas que já trabalhavam conosco, além de criar projetos para conscientizar todos sobre a importância do tema. Ano passado nós demos um passo além e atrelamos a diversidade as nossas metas de crescimento. Queremos chegar a 27% de pessoas negras em cargos de liderança e 45% de mulheres até 2030. Hoje estamos com 21% de negros em posição de liderança e 32% de mulheres em cargo de liderança”, Joselio Alves Raymundo, Diretor de Operações da Aegea.
IGUÁ: A Iguá Saneamento foi escolhida no pilar Governança por obter a Certificação do Climate Bonds Standard para Infraestrutura Hídrica, o primeiro título verde certificado da América Latina com ativos totalmente dedicados ao setor.
“Dentro da Iguá temos um olhar muito atento para as finanças verdes. Esse certificado atesta que os recursos captados para o projeto terão impactos positivos e alinhados com critérios internacionais de excelência para finanças sustentáveis dentro do setor de saneamento. Com isso garantimos que o impacto seja positivo para a população cuiabana atendida com as obras e a sociedade como um todo, com o robusto plano de descarbonização”, João Luiz Guillaumon Lopes, Diretor de Finanças Corporativas e Relações com Investidores
Contato imprensa:
Ivan Rocatelli – Supervisor de Comunicação
Isabella Falconier – Trainee de Comunicação