A inteligência artificial (IA) está transformando o mercado de trabalho ao automatizar tarefas e liberar recursos para atividades de alto valor agregado. Na esfera social, a IA pode facilitar a análise de dados de engajamento dos stakeholders e fornecer insights sobre práticas responsáveis e ambientalmente corretas. Quem acredita nessa visão é William Bastos, Head de tecnologia da Nexti, empresa de soluções digitais para RH.

“A tecnologia viabiliza soluções sociais, melhorando inclusão e educação. Ao mesmo tempo, a digitalização permite rastreabilidade na cadeia de suprimentos, reforçando a responsabilidade ambiental”, comenta.

Ainda para o especialista, o digital é fundamental para que as empresas possam implementar práticas mais sustentáveis e responsáveis em relação ao meio ambiente, à sociedade e à governança corporativa. “A coleta e análise de dados, a adoção de fontes de energia renováveis, a utilização da Internet das Coisa (IoT), Inteligência artificial (IA) e blockchain são apenas algumas das maneiras pelas quais a tecnologia vem contribuindo para que as organizações implementem novos modelos de negócio com mais responsabilidade ambiental e social”, complementa.

Segundo o estudo “Sustentabilidade na Agenda das Lideranças da América Latina”, cerca de  69% das empresas na Argentina, Brasil, Colômbia e México já possuem uma estratégia de sustentabilidade em suas organizações atrelada à tecnologia, um crescimento acentuado em relação à proporção de 46% registrada em 2021.

Através da análise de grandes conjuntos de dados, a inteligência artificial pode identificar padrões e insights que auxiliam na tomada de decisões sustentáveis. Ela pode ser aplicada na otimização de recursos e redução de desperdícios, além de automatizar processos de monitoramento ambiental, rastrear emissões e impactos ambientais em tempo real.

Por essa razão, ela é vista como fundamental para que as empresas possam implementar práticas mais sustentáveis e responsáveis em relação ao meio ambiente, à sociedade e à governança corporativa.

“É claro que, embora a inteligência artificial ofereça vantagens como eficiência e tomada de decisões informadas, é importante ficar atento ao uso excessivo de algoritmos opacos, que podem dificultar a prestação de contas e a transparência, indo contra os princípios de governança e responsabilidade do conceito ESG. Na Nexti, ainda vemos muito valor na IH - Inteligência Humanizada”, alerta William Bastos.

Além disso, a IA pode aumentar a desigualdade digital se não for acessível a todas as partes interessadas, o que pode entrar em conflito com os ideais de inclusão social do ESG. 

Consumidores procuram por empresas que seguem o conceito ESG 

Pesquisa realizada pela Opinion Box em 2022 mostra que 67% dos consumidores brasileiros possuem o hábito de procurar informações sobre as práticas ESG de uma empresa antes de adquirir seu produto.

No Brasil, já existe um movimento crescente entre os consumidores em relação ao que estão adquirindo. Eles querem saber qual é o posicionamento e a reputação das marcas que consomem, o que muitas vezes envolve ter acesso a informações mais detalhadas de como as empresas se relacionam com o meio ambiente, lidam com questões sociais e garantem uma administração responsável. 

“Enxergo um horizonte onde a burocracia das organizações será abraçada pela digitalização, trazendo agilidade e uma abordagem mais ecológica. As marcas que desejam estar à frente dos concorrentes devem sentir o pulso das mudanças e desenvolver soluções que aliviam o peso dos papéis, promovendo processos mais suaves e sustentáveis”, finaliza William Bastos, Head de tecnologia da Nexti. 

Thalita Góis dos Santos
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