Estações de tratamento de água que operam por lodo ativado por batelada vem ganhando popularidade
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A particularidade do método SBR reside na ausência de decantadores secundários
No campo das soluções para o tratamento de águas residuais, uma opção que tem se destacado é a utilização de estações de tratamento que operam por lodo ativado por batelada, conhecido pela sigla SBR. Este método de tratamento vem ganhando popularidade devido à sua eficiência e a capacidade de lidar com uma grande variedade de tipos de efluentes.
A particularidade do método SBR reside na ausência de decantadores secundários. Em contrapartida, a aeração e decantação do efluente são feitas em um único reator. Isso significa que a alimentação dos reatores não ocorre de forma contínua. Ao invés disso, ocorrem ciclos sequenciais de aeração, decantação, descarte e enchimento várias vezes ao dia.
Implicações para o dimensionamento
Dada a estrutura peculiar do processo SBR, é fundamental prestar atenção ao dimensionamento da quantidade de oxigênio e vazão de ar. Esse cuidado é importante para garantir que o processo de oxidação e nitrificação da carga orgânica seja realizado no menor tempo possível. Com a operação por batelada, os processos dispõem de cerca de 14 a 20 horas para fazer as mesmas reações que ocorreriam em 24 horas em sistemas contínuos, o que significa que a quantidade de oxigênio e vazão de ar serão maiores num reator SBR.
Um segundo ponto de atenção diz respeito ao tipo de sistema a ser instalado. Em muitos casos, sistemas do tipo flutuante não são recomendados. O motivo é que, no momento de fazer o descarte, o nível da lâmina de água baixa e isso pode acarretar esforços mecânicos desnecessários, que podem danificar o sistema e exigir reparos. Portanto, é aconselhável a utilização de sistemas fixados no fundo ou sistemas removíveis, que não sofram com a interferência com a variação no nível de água.
O papel crucial dos difusores
No caso dos sistemas fixos, é aconselhável instalar os manifolds de fechamentos secundários e as purgas automáticas. Isso ajuda a garantir a distribuição ideal do ar e mantém o interior dos ramais de distribuição do ar o mais limpo possível.
Não há dúvidas de que os sistemas que operam por batelada sofrem mais desgastes, pois os ciclos de liga-desliga ocorrem diversas vezes por dia. Além disso, os difusores e as tubulações de fundo ficam expostos à entrada de fluidos e lodos indesejados nos momentos de decantação.
Nessas aplicações, não é recomendável utilizar difusores ou painéis do tipo bolha ultrafina, especialmente aqueles com membranas de poliuretano. Isso se deve à menor flexibilidade do poliuretano em comparação com o EPDM, o que o torna mais quebradiço. Além disso, quando utilizamos painéis de aeração ou difusores strip ou placas, há uma maior diferença de altura entre a membrana e o corpo do difusor, o que pode causar problemas adicionais.
Por isso, a recomendação é optar por difusores tubulares com membranas de EPDM. Estes se mostraram mais resilientes e eficientes nas condições peculiares dos sistemas SBR, garantindo um desempenho mais eficaz e duradouro do sistema de tratamento.
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