Aesbe promove evento: Diálogos Estratégicos Aesbe – Cenários Macroeconômicos e Saneamento Básico

O encontro, realizado no Edifício Sede da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), no Rio de Janeiro (RJ)


Por Michelle Dioum, com supervisão de Rhayana Araújo

Nessa terça-feira (10), a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) promoveu o evento “Diálogos Estratégicos Aesbe – Cenários Macroeconômicos e Saneamento Básico”. O encontro, realizado no Edifício Sede da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), no Rio de Janeiro (RJ), contou com a presença de notáveis personalidades e reuniu especialistas, gestores e profissionais do setor de saneamento básico.

Antonio Costa Lima Junior, assessor jurídico da entidade; Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE); Luiz Firmino, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV; e Solange Monteiro, editora da Revista Conjuntura Econômica, estiveram entre os participantes do encontro presencial.

A iniciativa teve como foco a análise das tendências da economia global e nacional, além de explorar os desafios e oportunidades do setor de saneamento básico no Brasil. O evento propiciou um debate aprofundado sobre como o panorama macroeconômico pode influenciar, de maneira direta e indireta, as políticas, investimentos e inovações na área de saneamento, visando a contínua melhoria dos serviços prestados à população.

Solange Monteiro, editora da Revista Conjuntura Econômica, iniciou sua fala destacando a interconexão entre a economia global e o setor de saneamento básico. “Torna -se vital compreender como as variações macroeconômicas afetam o acesso e a qualidade dos serviços de saneamento,” disse Monteiro.

Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro, ofereceu uma análise macroeconômica, situando o Brasil no cenário global. “Os avanços em saneamento refletem diretamente na saúde pública e na economia. Um ambiente com saneamento adequado favorece o desenvolvimento, atrai investimentos e melhora a produtividade da população,” explicou Matos.

Antonio Costa Lima Junior, assessor Jurídico da Aesbe, abordou em sua apresentação a relevância das 24 empresas associadas à entidade. Estas companhias representam 2,9 mil municípios brasileiros, sendo responsáveis por 88% do abastecimento de água e 44% do esgotamento sanitário da população urbana. Além disso, o assessor Jurídico enfatizou a atuação das 13 Câmaras Técnicas da Aesbe, que conduzem estudos cruciais para o aperfeiçoamento dos serviços prestados pelas empresas associadas.

A importância da Série Universalizar, lançada pela entidade, também foi destacada por Antonio. Essa série promove avanços no saneamento nacional, oferecendo publicações que trazem conhecimento especializado e orientações práticas destinadas a gestores, técnicos, consultores, pesquisadores e outros profissionais do setor.

Quanto à universalização do saneamento no Brasil, Antonio sublinhou a necessidade de investimentos robustos na área. “Com os R$ 893,3 bilhões investidos, estima-se um acréscimo de R$ 1,4 trilhão no PIB até 2033. Esse investimento pode resultar na criação de mais de 1,5 milhão de empregos em 12 anos. É um ganho para toda a economia”, ressaltou.

Luiz Firmino, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV, focou em regulamentações e políticas públicas para o setor. “Para alcançar a universalização desejada, precisamos de uma regulamentação clara e incentivos que atraiam investimentos privados e públicos. Isso não é apenas uma questão de infraestrutura, mas uma questão estratégica para a saúde e o bem-estar da nossa população”, argumentou Firmino. Ele ainda apontou a necessidade de inovação no setor, citando exemplos de tecnologias emergentes que podem ajudar a superar desafios históricos.

O evento “Diálogos Estratégicos Aesbe – Cenários Macroeconômicos e Saneamento Básico” proporcionou uma rica troca de experiências e insights entre renomados profissionais do setor, consolidando a importância do saneamento básico na interseção com a macroeconomia. As reflexões e análises compartilhadas evidenciam que o desenvolvimento e inovação em saneamento são fundamentais não só para a saúde pública, mas também para o crescimento sustentável da economia brasileira.

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