Consumidores brasileiros se preocupam com o acesso à água limpa e segura
IC Comunicação -
O Ecolab Watermark™ ouviu pessoas em todo mundo e trouxe reflexões acerca da adoção de práticas mais sustentáveis nas empresas
Cerca de 88% dos consumidores brasileiros se preocupam com o acesso à água limpa e segura. Na América Latina, sobe para 92% o percentual de pessoas que estão mais preocupadas com o acesso à água do que com outros problemas relacionados ao clima, como poluição e mudança climática.
É o que revela um estudo feito pela Ecolab, líder mundial em prevenção de infecções e tecnologias relacionadas a água, higiene e energia. A pesquisa Ecolab Watermark™ Study sobre uso, conexão com o clima e responsabilidade sobre a água foi realizada com mais de 25 mil consumidores em todo mundo e traz dados da América Latina, Ásia-Pacífico, China, Estados Unidos, Europa e Índia, Oriente Médio e África (IMEA), além de trazer os resultados individuais de 15 países, incluindo o Brasil.
O mundo vive em meio a uma crise hídrica que pode deixar 1,6 bilhão de pessoas sem acesso a água potável até 2030, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Porém, para a Ecolab, essa não é uma preocupação recente. Ao longo dos últimos 100 anos, a companhia vem fornecendo soluções inovadoras para otimizar o uso de água e energia. Com a pesquisa, o foco está em identificar tendências sobre o assunto, ajudar a educar e gerar ações entre as partes interessadas, seja a indústria, governo ou a sociedade civil. O Ecolab Watermark™ Study foi realizado em parceria com a empresa Morning Consult e contou com uma amostragem da população adulta geral. A Ecolab atualizará e divulgará anualmente novas edições do estudo, trazendo todos os resultados detalhados em seu site.
“Os resultados da nossa pesquisa trazem um alerta importante para as empresas sobre a adoção de práticas sustentáveis. Os consumidores estão cada vez mais atentos ao acesso à água e dispostos a mudarem seus hábitos de consumo em prol da proteção dos recursos naturais”, destaca Thais Gervársio, presidente da Ecolab no Brasil. Isso porque, o estudo mostra que 80% dos consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais caro por produtos mais sustentáveis. Além disso, 61% disseram que pararam de usar ou comprar produtos devido à quantidade de água necessária para fabricá-los.
O estudo global também chamou atenção para o fato de governos e empresas serem considerados os principais responsáveis pela conservação da água. No entanto, os consumidores não acreditam que os líderes se preocupam o suficiente com seu impacto na água ou na mudança climática. Isso ficou mais evidente nos Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia-Pacífico: entre 42% e 46% das pessoas acreditavam que seus líderes se importavam com a preservação da água.
No Brasil, os líderes de organizações sem fins lucrativos foram os que mais obtiveram destaque nessas questões, com preocupação atribuída por mais de 60% dos consumidores, enquanto apenas metade dos respondentes acham que os líderes empresariais e governamentais estão realmente preocupados com a questão hídrica.
Além disso, os consumidores acreditam que a indústria não tem um plano claro para lidar com a escassez da água, apesar da responsabilidade e importância percebidas. Essa preocupação é mais evidente na China (82%), América Latina (78%) e IMEA (78%), mas também é bastante perceptível na Europa (66%), EUA (65%) e Ásia/Pacífico (60%).
“As iniciativas públicas e privadas devem intensificar seus esforços para mostrar à população o que está sendo feito em prol da mitigação da crise hídrica e das mudanças climáticas. É preciso que haja diálogo e trabalho em conjunto entre governantes, empresários, ONGs e indivíduos. Assim, toda a comunidade pode participar de ações para superar esses desafios, que são problemas não só de uma região específica, mas que afetam todo o mundo”, ressalta Thais Gervársio.
Outro ponto importante da pesquisa diz respeito ao financiamento de medidas para conservação da água. Mais de 90% dos consumidores brasileiros acreditam que os recursos financeiros devem vir do poder público e das empresas.
Ainda no Brasil, 59% disseram que faltam orientações e planos claros às empresas para combater a escassez de água. Os participantes também selecionaram quais suas principais medidas adotadas para promover a sustentabilidade, são elas:
|
Apesar dos desafios, os consumidores continuam otimistas de que a crise hídrica pode ser mitigada com ações apropriadas e imediatas. Segundo o estudo, em média, três em cada quatro consumidores em todo o mundo acreditam que a escassez de água pode ser abordada de maneira eficaz, com o otimismo mais evidente na América Latina (84%), Índia, Oriente Médio e África (83%) e China (78%).
Luciane Sarabando <luciane@iccom.com.br>