O desafio da geração de lodo em Estações de Tratamento de Água

A gestão adequada do lodo evita a contaminação ambiental, odores desagradáveis e possibilita outros benefícios, entre eles a recuperação de recursos


O desafio da geração de lodo em Estações de Tratamento de Água (ETAs) é uma preocupação ambiental e operacional significativa. O lodo é gerado a partir da remoção de impurezas da água durante o processo de tratamento. Ele contém sólidos suspensos, substâncias orgânicas e inorgânicas, que precisam ser removidos e tratados adequadamente para evitar impactos negativos no meio ambiente. 

O volume estimado de lodo gerado em uma ETA varia de acordo com diversos fatores, como o tipo de água bruta, a capacidade da estação e os processos de tratamento utilizados. Em média, para cada metro cúbico (m3) de água tratada, podem ser gerados de 0,1 a 0,3 m3 de lodo. No entanto, esses valores podem variar substancialmente e dependem das condições locais. 

O gerenciamento eficiente do lodo é fundamental para o funcionamento sustentável das ETAs. A gestão adequada do lodo é essencial para evitar a contaminação ambiental, odores desagradáveis e para aproveitar possíveis benefícios, como a recuperação de recursos valiosos (biogás e nutrientes), a depender das tecnologias de tratamento aplicadas.  

Solução ideal, principalmente para pequenos municípios 

O volume de água tratada, por habitante, em um município, pode variar significativamente, dependendo de fatores como o tamanho do município, a infraestrutura de tratamento de água e o padrão de consumo de água da população.  

Em média, em países desenvolvidos, o consumo de água por pessoa varia de 100 a 400 litros por dia. Se avaliarmos um município com 20 mil habitantes – e o Brasil tem, aproximadamente, 3.950 municípios deste tamanho – teremos: 20.000 x 400 litros x 30 dias x0,3 metros cúbicos = a geração de 2.400m3 de lodo por mês. Considerando um percentual de sólido de 1% (correspondente a 24m3 por mês), fica claro que implementar um sistema de dessecação de lodo é fundamental.  

Os benefícios para o município que adota esse tipo de solução vão desde a redução do custo de disposição em aterros sanitarios, redução de emissões de CO2, geradas no transporte desse lodo - estamos falando de 250 caminhões, se o lodo estiver saturado, frente a 2 caminhões, usados no caso do lodo seco, inclusive com a possibilidade de reúso desse lodo seco como matéria prima.  

Entre as soluções existentes no mercado para a secagem de lodo de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) podemos citar Secagem Térmica, Solar, Mecânica, as Lagoas de Secagem, o Leito de Secagem de Lodo, entre outras.  

A Quattro T Consultoria e Serviços em Gestão de Resíduos, empresa brasileira que apresenta soluções para conferir competitividade àqueles que se preocupam com seu enquadramento nas pautas ESG, atua com a tecnologia de Geoformas e Geobags, que envolve o uso de bolsas ou contentores feitos de materiais geossintéticos para desidratar o lodo. Essas geoformas ou geobags são preenchidos com lodo e permitem que a água seja drenada gradualmente. 

No caso específico da municipalidade, principalmente de municípios de pequeno porte, que muitas vezes contam com recursos limitados e podem sofrer pela distãncia dos grandes centros para recorrerem a manutenção ou reposição de peças, as geoformas podem ser um grande aliado ao processo de tratamento buscando a otimização do lodo.  

A geoforma entra após o tratamento principal, otimizando o volume de lodo e permitindo a recuperação de toda a água livre e a reciclagem o descarte da parte sólida com baixo volume e baixo custo. O lodo já seco tem valor econômico, seja ele para utilização como fertilizantes, combustíveis para caldeiras, matéria prima para construção civil etc. 

Informações à imprensa 

Roberta Provatti 

provattijornalista@gmail.com 

 

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