Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Uma empresa precisa garantir um ambiente seguro e adequado para a atividade de seus colaboradores, assim como adotar medidas de responsabilidade


Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Uma empresa precisa garantir um ambiente seguro e adequado para a atividade de seus colaboradores, assim como adotar medidas de responsabilidade socioambiental em relação a forma como interage com o meio onde está inserida, seja para operação própria ou para a formação de parcerias na rede de fornecedores. 
Por conta disso, a gestão de riscos ambientais é uma preocupação que vem ganhando a atenção de muitas organizações. De maneira geral, esse termo se refere a qualquer ação prejudicial ao meio ambiente e aos indivíduos presentes nele, principalmente os ocasionados por um processo de contaminação, ou seja, com ação direta ou indireta na qualidade de vida e saúde do trabalhador e ao ecossistema.
“Na definição contida na Norma Regulamentadora NR 09, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador” – explica Ericson Mirandola, CEO da DHX do Brasil Assessoria Ambiental. 
Riscos biológicos - São riscos causados por agentes como bactérias, fungos, parasitas, vírus, protozoários e outros microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde e integridade do meio e do ser humano.
Riscos Físicos - Trata-se das diferentes formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos: Frio e calor; Pressão; Umidade; Ruídos; Radiações Ionizantes e Não-Ionizantes; e Vibrações. Nesse caso, para entender se tais agentes são prejudiciais, usa-se como referência limites de tolerância indicados em norma regulamentadora.
Riscos Químicos - São substâncias ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória em forma de poeira, fumo, gases, neblinas, névoas e vapores, ou ainda serem absorvidos pelo organismo através da pele, ou por ingestão.  
Riscos Ergonômicos - De natureza física ou psicológica, são os riscos causados pela não adequação do ambiente de trabalho e que podem ocasionar danos físicos e mentais aos indivíduos, como sobrecarga de peso, o intenso esforço físico, a postura inadequada, a jornada excessiva de trabalho e a repetição de movimentos.
Riscos de Acidentes- Estes são relacionados a máquinas, equipamentos e outros elementos que podem causar danos em decorrência de acidentes de trabalho e colocar o trabalhador em situação vulnerável, como maquinário sem equipamento de proteção adequado, ferramentas com defeito ou inadequadas, risco de explosão ou incêndio, luminosidade inadequada, presença de animais peçonhentos etc.
Os riscos ambientais também são classificados por cor.  Os biológicos são indicados pela cor marrom e os físicos pela cor verde. A cor vermelha identifica os agentes químicos, enquanto a amarela é direcionada para os riscos ergonômico. Os riscos de acidentes, por fim, são denominados pela cor azul.
Segundo Gustavo Henrique Vieira, engenheiro ambiental, de segurança e higienista ocupacional da Ponte Aérea Segurança do Trabalho Higiene Ocupacional, cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as consequências fisiológicas que podem provocar, quer em função das características físico-químicas, concentração ou intensidade dos agentes, quer segundo sua ação sobre o organismo. 

Higiene ocupacional
A Higiene ocupacional (HO) e a Segurança do trabalho são aliadas e devem sempre caminhar juntas. A Segurança do trabalho se concentra em evitar acidentes, enquanto a Higiene combate patógenos no ambiente laboral, isso porque, cuidar da saúde dos colaboradores de uma empresa é uma tarefa fundamental para o bom desempenho das atividades e desenvolvimento dos processos. 

Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Vieira explica que Higiene Ocupacional é a ciência dedicada ao estudo e ao gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das condições e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores, considerando ainda o meio ambiente e a comunidade. 
Seu objetivo é reconhecer os agentes que fornecem risco àqueles que desempenham sua função no local. Uma vez reconhecidos, é também função dessa área avaliar o nível desses riscos, bem como estipular ações e demais medidas que devem ser tomadas para controlar, amenizar e, se possível, neutralizar esses agentes.
É importante destacar que alguns tipos de riscos ocupacionais são menos presentes na rotina dos higienistas, sendo combatidos com o auxílio de outros especialistas. Isso porque existem riscos além dos ambientais, como os ergonômicos, que nascem da relação entre o homem e o trabalho. Móveis inadequados, longas jornadas e trabalho extenuante se enquadram nesse grupo. 
“Os ergonômicos, apesar de fazerem parte da higiene ocupacional, por suas características especiais têm sido, na maioria dos casos, estudados em separado, como parte integrante da ciência chamada de ergonomia” – detalha o especialista da Ponte Aérea.
Ademais, fora do escopo da HO, estão os riscos mecânicos ou de acidentes de trabalho, que surgem a partir de condições físicas e tecnológicas inadequadas, que elevam as chances de lesões de maior ou menor gravidade.
“Muito mais do que garantir qualidade para seus colaboradores essas ações agregam valor à empresa, dando-lhe credibilidade no mercado, gerando força competitiva e evitando prejuízos com afastamento de funcionários, remediações do meio ambiente, prejuízo, embargos e multas” – ressalta Mirandola.
Nesse sentido, tem sido cada vez mais obrigação da empresa oferecer um ambiente seguro aos seus colaboradores e que ofereça todas as condições necessárias para a perfeita execução das tarefas, além de manter também ações socioambientais que protejam o meio ambiente. 

Prevenção é a palavra-chave
Prevenção é a palavra-chave quando se fala em riscos ambientais.  Quando se faz um bom estudo identificando os potenciais riscos envolvidos na área de trabalho, eles são evitáveis. Para isso pode se usar uma ferramenta chamada Mapa de Riscos, um documento em forma de mapa para levantar os riscos e suas respectivas ações preventivas. 
De acordo com Mirandola, o primeiro passo é identificar os agentes nocivos ou situações que ofereçam riscos ao ambiente e aos colaboradores. Uma observação minuciosa, detalhando todos os pontos é fundamental. Depois desse diagnóstico é importante a análise de cada ponto crítico para se avaliar a gravidade dos riscos levantados. A partir de então é possível traçar estratégias de prevenção e eliminação dos riscos que prejudiquem a segurança do ambiente de trabalho. 
“Praticamos um procedimento de gestão baseado na antecipação, reconhecimento avaliação e controle dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho, funciona como um  processo contínuo. Também há a realização do novo documento chamado PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), onde há um Inventário de Riscos ocupacionais, que visa o gerenciamento de todos os riscos” – ressalta Vieira.

Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Antecipação: Esta etapa tem uma grande importância, pois envolve a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
É considerada uma abordagem ideal, uma vez que contempla a avaliação dos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores e impacto ambiental, antes da concepção e da instalação do processo/atividade, por meio de uma tecnologia mais segura e mais limpa, materiais e produtos menos nocivos, e um local adequado do ponto de vista ambiental.
Identificação / Reconhecimento: A identificação dos riscos é um passo fundamental na prática de higiene do trabalho, pois permite o planejamento de uma avaliação confiável e define as melhores estratégias de controle.
Esta etapa baseia-se no reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores, o que implica o conhecimento dos produtos envolvidos no processo, métodos de trabalho, fluxo, layout das instalações, número de trabalhadores expostos etc. É aqui que se compreende o planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de coleta, bem como dos equipamentos de avaliação.
Avaliação: Trata-se do processo que avalia os riscos para segurança e saúde dos trabalhadores decorrentes das fontes de riscos no local de trabalho. É um processo que permite dimensionar a exposição dos trabalhadores e tirar conclusões sobre o nível de risco para saúde humana.
É uma análise sistemática de todos os aspectos relacionados com o trabalho, por isso permite identificar aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos, a possibilidade de eliminar os perigos e as medidas de prevenção ou proteção para controlar os riscos.
Nessa etapa o principal objetivo é determinar a magnitude, frequência e duração da exposição dos trabalhadores a um agente de risco e agir preventivamente na fonte geradora dos mesmos, a fim de obter informações para projetar ou mensurar a eficiência de medidas de controle.
Prevenção e Controle: Desenvolvimento e implementação de estratégias para eliminar ou reduzir a níveis aceitáveis a presença de agentes de riscos ambientais no local de trabalho. De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, o controle visa propor e adotar medidas para a eliminação ou minimização do risco. Nesse caso, as medidas de controle devem levar em consideração as consequências da exposição, o número de trabalhadores expostos e os fatores administrativos.
Mirandola destaca ainda que ao realizar a gestão de riscos ambientes as empresas são obrigadas a executar o PPRA que estabelece medidas para a eliminação, redução ou controle dos riscos ambientais visando a manutenção e preservação da saúde dos colaboradores, que determina os parâmetros mínimos e diretrizes gerais para a elaboração do programa. 

Riscos ambientais e Higiene ocupacional no ambiente de trabalho

Investindo em processos menos poluentes
De acordo com Mirandola tem sido mais inteligente e econômico prevenir os problemas e os riscos, e não somente mitigar e remedia-los.  Para isso, há um investimento, por exemplo, em processos menos poluentes e agressivos. “Podemos citar as Estações de Tratamento de Água e Esgoto que funcionam com tratamentos biológicos ao invés dos tradicionais químicos, que geram danos aos funcionários que os manipulam e ao meio ambiente” – destaca. 
O tratamento biológico, como o Processo de Biorremediação Acelerado por Bioaumentação de Microrganismos Autóctones (BABMA), oferecido pela DHX consiste em utilizar microrganismos presentes no próprio meio contaminado para degradar compostos orgânicos ou químicos tóxicos, com objetivo de recuperar e manter o equilíbrio bioquímico do ecossistema de áreas contaminadas. 
Esse processo pode ser usado em Estações de Tratamento de Esgotos e Tratamento de Água de diversos segmentos como: Curtumes, Frigoríficos, Avícolas, Empreendimentos como Condomínios e Shoppings Centers etc. É uma alternativa sem danos ao meio ambiente nem ao indivíduo, que reduz eficientemente microrganismos patógenos, metais pesados, DQO e DBO etc.
São três etapas (BIOPROSPECÇÃO, BIOADIÇÃO e BIOMANUTENÇÃO) que de forma simples e eficiente podem ser implementadas em diversos segmentos. Inicia-se com a identificação de micróbios indígenas, específicos para qualquer ambiente poluído que são, em seguida, bioaumentados (em reator microbiológico) dando origem a biomassa. 
“É essa BIOMASSA aumentada (em 108 microrganismos nativos / ml) que será aplicada na área de interesse e é capaz de iniciar e depois manter o processo de biorremediação acelerada dos componentes tóxicos no ambiente, assim reduzindo metais pesados, DQO, DBO, o mau odor e diversos outros poluentes de acordo com a demanda de cada tipo de efluente” – finaliza o CEO da DHX. 
 

Contato das empresas
DHX do Brasil:
www.dhxdobrasil.com.br
Ponte Aérea Segurança do Trabalho: www.ponteaereaseguranca.com.br

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