Veolia e a Braskem inauguram usina verde de geração de vapor para alimentar a unidade industrial de PVC da Braskem
CDN Comunicação -
A maior planta industrial de PVC da América Latina já está sendo suprida com energia limpa e eficiente a partir de biomassa
A Veolia, referência mundial em soluções ambientais para cidades e indústrias, e a Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, inauguraram no dia 14 de novembro uma usina verde de geração de vapor para alimentar a unidade industrial de PVC da Braskem, localizada em Marechal Deodoro, Alagoas.
Em 2021, as empresas assinaram um contrato, com duração de 20 anos, para produzir energia renovável a partir de biomassas. Com investimento de aproximadamente R$ 400 milhões, a planta industrial, que já está em operação, vai gerar cerca de 900 mil toneladas de vapor/ano, o que contribuirá para a redução de cerca de 150 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) anualmente. Este montante equivale a cerca de um terço das emissões diretas e indiretas da Braskem no estado de Alagoas ocorridas em 2021.
“É um projeto de transformação ecológica que alavanca os esforços por transformar os processos industriais para serem mais eficientes e sustentáveis. Para a Veolia, contribuir com soluções tangíveis e operacionalmente viáveis para os objetivos de descarbonização das indústrias é parte vital do nosso propósito como empresa”, menciona Pedro Prádanos, CEO da Veolia no Brasil.
Já para Gustavo Checcucci, diretor da área de Energia e Descarbonização Industrial da Braskem, é um passo importante que integra a jornada de sustentabilidade da companhia: “A nossa estratégia de ESG e de economia circular tem sido base e fundamento para todas as nossas tomadas de decisões estratégicas e operacionais. Já concretizamos uma série de projetos que trazem ganho real para que nossa matriz energética seja cada vez mais limpa e contribua para a nossa intenção de ser uma empresa carbono neutro até 2050.” Atualmente, 82% da energia elétrica comprada pela Braskem no mundo é proveniente de fontes renováveis. Este projeto em Alagoas é um importante passo pois inclui fontes térmicas renováveis na matriz energética da empresa.
A usina está dimensionada para atender toda a demanda de vapor da fábrica de PVC da Braskem, contribuindo significativamente para alcançar os compromissos de sustentabilidade e de produtividade da companhia. Além do design do projeto e da construção da fábrica, a Veolia ficará responsável pela operação, manutenção e gerenciamento durante duas décadas, incluindo a gestão agroflorestal da biomassa (plantio, manutenção das florestas e preparação da biomassa), e da inserção de outras fontes circulares de biomassa, que visam a valorização energética de resíduos como pallets, entre outros.
Para garantir a ecoeficiência, a usina foi projetada considerando os princípios da economia circular e a gestão otimizada dos recursos naturais, com foco na eficiência energética. Está previsto o reúso industrial de água na operação e na purga das caldeiras, e segundo Francisco Dal Rio, Diretor de Operações da Veolia Brasil, toda a operação, consumo de recursos e performance serão monitorados initerruptamente e em tempo real no Hubgrade, o centro de monitoramento inteligente da Veolia.
“Vamos aliar tecnologia com a capacidade humana para gerenciar os ativos. Investimos em sistemas de supervisão locais integrados com nosso centro de inteligência para o monitoramento remoto da performance dos sistemas. Também vamos monitorar via satélite o desempenho de nossas florestas, e o sistema logístico de transporte e armazenamento”, afirma Francisco Dal Rio.
Economia e Empregabilidade
Além dos benefícios que trará na operação, a usina contribui economicamente e socialmente para a região. “A central de geração de energia térmica com combustível renovável traz para Alagoas uma nova fronteira de oportunidades no segmento industrial, completamente alinhada com o crescimento sustentado e a diversificação da matriz energética pelo uso da biomassa", afirma Hélcio Colodete, diretor industrial da Braskem.
Desde a fase de construção até o início da operação foram criadas mais de 700 vagas de emprego, sendo mais de 550 trabalhadores na construção da usina e mais de 150 na gestão agroflorestal e operação.