A Tera Ambiental, especializada na valorização de resíduos orgânicos líquidos e sólidos, por meio de soluções como o tratamento de efluentes e compostagem termofílica, recebeu, na noite desta quinta-feira (23/11), o Diploma do Mérito Ecológico da Câmara Municipal de Jundiaí. A proposição, aprovada pelo plenário, é do vereador Romildo Antonio da Silva. Na sessão solene, no Teatro Polytheama, também foram homenageadas outras empresas e personalidades que prestam serviços relevantes à cidade.

O diploma foi entregue pelo próprio vereador a Lívia Baldo, especialista em gestão de resíduos e gerente da Tera Ambiental. A empresa, no melhor exemplo de economia circular, transforma resíduos antes indesejados em novos produtos de qualidade e valor ambiental e econômico, com a produção de fertilizante orgânico composto destinado à agricultura.

Marcaram presença no evento as seguintes personalidades da Tera Ambiental: Lucas Giannella, sócio-diretor;José Gabriel Monteiro, gerente Operacional; David Lima, coordenador Operacional; e Alessandra Marques, comunicação e marketing. Também compareceram à cerimônia os representantes da Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ): diretor de Relações Institucionais, Oberlandir Schrank Araújo; coordenador de Operação, David Monteiro; e gerente Operacional, José Augusto Aguiar.

Pioneirismo e compromisso com a economia circular

Com experiência operacional adquirida desde 1999, a Tera Ambiental é responsável por transformar o lodo gerado na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) operada pela Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) em fertilizante orgânico composto. Tal trabalho, que promove a reciclagem agrícola de nutrientes, é prática tradicional na Europa, Austrália, Canadá e Estados Unidos. No Brasil, embora seja tema de pesquisas desde o final da década de 1970, seu uso só foi concretizado, em escala operacional, a partir do final da década de 1990, sendo um trabalho pioneiro em nível nacional realizado no município de Jundiaí.

A tecnologia utilizada é a compostagem termofílica, essencial por sua capacidade de transformar biologicamente o lodo de esgoto em um produto diferente do resíduo que lhe deu origem. Nesse processo, também ocorre a redução de massa e perda de umidade, além da completa higienização do composto, o fertilizante. Com isso, a prática, além de reduzir o uso de espaço de aterros sanitários, entrega novos produtos para a sociedade.

O fertilizante oriundo desse processo apresenta excelente qualidade agronômica e supre parte significativa da demanda de nutrientes das culturas. Também contribui para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos, aumentando a eficiência e aproveitamento dos adubos minerais.

Considerando que a população mundial chegou a oito bilhões de habitantes em 2022 e que deverá superar a nove bilhões em 2050, segundo estimativa da ONU, é necessário mitigar os efeitos da intervenção humana no meio ambiente e, ao mesmo tempo, garantir a segurança alimentar desse gigantesco contingente. Em vista da expansão demográfica e, consequentemente, da demanda por alimentos, a agricultura precisa produzir cada vez mais para suprir o consumo global.

Por isso, soluções que visam ao aumento da produtividade das plantações, eficiência da utilização de nutrientes pelas plantas e a auxiliam na tolerância às pragas e doenças são fundamentais para o desenvolvimento do agro, principalmente iniciativas que buscam minimizar prejuízos ambientais e a expansão de áreas, em favor de uma agricultura mais inteligente e sustentável. Nesse contexto, há mais de 20 anos a iniciativa da Tera Ambiental promove a economia circular, reduz passivos ambientais em aterros sanitários e contribui para a construção e recuperação da fertilidade dos solos, aumentando a competitividade da produção agrícola.

Ricardo Viveiros ? Associados — Oficina de Comunicação

Simone Câmara -- simone.alves@viveiros.com.br

Larissa Souza -- larissa.souza@viveiros.com.br