Missão de negócios com grandes empresas do mercado de hidrogênio verde na Alemanha

Missão de negócios promovida pela NürnbergMesse Brasil e AHK-São Paulo reúne lideranças da Eletrobras, Boven Energia e Embrapii


Teve início nesta segunda-feira, 4, uma missão de negócios de brasileiros pela Alemanha para vivenciar uma verdadeira imersão no universo de hidrogênio verde e de baixo carbono. O país sedia, nos dias 6 e 7 de dezembro, o Hydrogen Dialogue Summit & Expo, um dos maiores eventos do setor no mundo. Para participar do encontro, mas também ter acesso às principais tecnologias, tendências e iniciativas do segmento, além de conhecer toda a cadeia de energia renovável - que envolve empresas, órgãos governamentais, hubs e institutos de pesquisa - é que a promotora NürnbergMesse Brasil está levando um grupo ao país. 

De 4 a 8 de dezembro, a viagem conta com uma agenda para lideranças de importantes empresas do mercado nacional, como a SER Renováveis, a Norr Energia, a Eletrobras, a HTB, Embrapii, a GESEL/UFRJ e a Boven Energia. O grupo que representa o Brasil na Alemanha ainda é formado por executivos da NürnbergMesse Brasil, da Hiria NürnbergMesse Brasil, Guia Marítimo e AHK, a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo. 

As empresas são responsáveis pela edição do encontro na América Latina, o Hydrogen Dialogue Latam, que ocorre no Brasil já há dois anos e que está confirmado para 2024: nos dias 23 e 24 de outubro, no Distrito Anhembi. "A nossa proposta é incentivar a cooperação bilateral entre Brasil e Alemanha, além de promover o desenvolvimento tecnológico e de mercado, com foco especial na sustentabilidade", explica Diego de Carvalho, vice-presidente da NürnbergMesse Brasil, integrante da comitiva. "Na missão, a intenção do grupo é encontrar potenciais parceiros de negócios, vivenciar casos reais de produção, aplicação e logística de hidrogênio verde, e compreender o papel das empresas e instituições nesse segmento", completa.

Em 2023, o Brasil testemunhou um crescimento notável no mercado de hidrogênio, com a Europa começando uma corrida pelo "ouro verde" do país ao anunciar um investimento na casa de 2 bilhões de euros para o desenvolvimento da produção de H2V por aqui.

Com matriz energética diversificada e rico em recursos naturais, como energia solar, eólica e bioenergéticos, o país latino-americano tem impulsionado avanços tecnológicos e incentivos governamentais, e, com isso, aumentado a procura por suas soluções energéticas sustentáveis.

Um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena - em inglês) publicado em novembro de 2022, na COP27, aponta que os membros do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, serão os pioneiros na implantação de tecnologias de baixo carbono e hidrogênio verde. Ainda de acordo com o documento, o consumo da energia renovável deve ser ampliado entre quatro e sete vezes até 2050.

A Alemanha tem planos audaciosos nesse sentido. A expectativa do país é investir fortemente na transição energética nos próximos anos. Para isso, tem buscado parceiros comerciais que forneçam 70% das suas necessidades de hidrogênio verde. Por outro lado, com a alta oferta do mercado brasileiro em energias renováveis - estando o Brasil atrás, apenas, dos Estados Unidos e da China -, além da rota logística para a Europa facilitada, devido à localização dos portos no Nordeste, o país tem chamado a atenção internacionalmente. 

Sistema de Energia Solar

O incentivo à energia renovável faz parte da agenda do Grupo NürnbergMesse. Com o objetivo de neutralizar suas emissões de gás carbônico até 2028, a multinacional anuncia a implantação de um sistema de energia solar próprio, que deve ser concluído até maio de 2024. A iniciativa inclui a aplicação de 21 mil painéis solares, com potencial de produção de 9 MWp (9 milhões de kWh/ ano). O projeto envolve toda a área de escritório e pavilhões da empresa na Alemanha.

O sistema tem capacidade de abastecer uma cidade com mais de 7 mil habitantes. Ele foi instalado com auxílio de inteligência artificial em um projeto que teve, em sua primeira fase, investimento na casa de 15 milhões de euros. Com a energia limpa gerada, a companhia espera deixar de emitir 7.500 toneladas de CO2 anualmente. 

    Ana Carolina Mendes <anacarolina.mendes@agenciacasa9.com.br>

Publicidade