Setor de mineração apresenta um crescimento de 6% no primeiro semestre

Mesmo diante das adversidades, o Brasil continuou sendo um dos principais exportadores de commodities minerais


*Gustavo Emina

Janeiro é tido como o momento ideal de fazermos um balanço sobre o ano que passou e planejar os novos meses que estão por vir. Falando do setor mineral brasileiro, 2023 foi marcado por adaptabilidade e inovação, frente a um cenário global desafiador, com crises políticas e climáticas.

Mesmo diante das adversidades, o Brasil continuou sendo um dos principais exportadores de commodities minerais. O setor de mineração apresentou um crescimento de 6% no primeiro semestre, com um faturamento de R$120 bilhões (segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM).

Além disso, questões relacionadas ao ESG estiveram em alta, com cada vez mais companhias investindo em tecnologias capazes de minimizar seus impactos no meio ambiente, reduzir a emissão de carbono, reutilizar recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável do país. O setor mineral brasileiro também vem desempenhando um papel crucial no processo de transição energética que ocorre em todo o globo, fornecendo minerais críticos para a fabricação de baterias, por exemplo.

Com o início de um novo ano surge a dúvida: como o setor mineral brasileiro deve se comportar em 2024? Pensando nisso, Gustavo Emina, fundador e CEO?da?New Wave, holding global de tecnologia focada no desenvolvimento de rotas e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico, apontou algumas tendências que devem nortear o segmento neste ano.

1. Os pilares do ESG ainda mais fortes:
Com o aumento da consciência do mercado sobre os impactos negativos da mineração no meio ambiente, as empresas estão cada vez mais comprometidas com a implementação de modelos de atuação mais sustentáveis, buscando atingir metas de resíduos zero e descarbonização. Além do pilar ambiental, as companhias do setor mineral também são demandadas por mais transparência em seus negócios e por mais ações de impacto social.

2. Economia Circular:
Outra tendência que desponta na mineração é a Economia Circular, que visa minimizar o desperdício e otimizar recursos, promovendo uma transformação nos sistemas tradicionais, antes baseados apenas em produção, uso e eliminação de matérias-primas. Importante destacar que o conceito se relaciona ainda com outro forte objetivo da indústria, o de zerar os resíduos. A Economia Circular e as inovações tecnológicas serão importantes aliadas para alcançar essa meta.

3. A corrida por minerais críticos:
A transição energética em curso no mundo aumentou consideravelmente a busca por minerais estratégicos, como lítio, níquel, cobalto e terras raras, que desempenham um papel crucial nas cadeias de suprimentos globais. Essa corrida deve se intensificar ainda mais neste ano, e neste contexto, empresas como a Wave Nickel, focada no processamento sustentável de níquel por meio de uma rota industrial disruptiva, serão cada vez mais relevantes no cenário que se desenha.

A companhia, que faz parte da New Wave, holding global de tecnologia sediada em Luxemburgo e focada no desenvolvimento de rotas e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico, desenvolveu uma tecnologia de beneficiamento do níquel de baixo teor, destravando valor existente em pilhas de rejeitos ou depósitos marginais. A tecnologia desenvolvida pela Wave Nickel também foi certificada como patente verde, considerando seu forte viés de sustentabilidade, com impacto significativo na redução da emissão de CO2, economia circular e baixo consumo de água.

4. Avanço de tecnologias inteligentes:
O uso da Inteligência Artificial e de outras tecnologias emergentes, como Machine Learning, computação em nuvem, automação e digitalização, deve se tornar cada vez mais presente na realidade do setor mineral, deixando-o mais eficiente e assertivo. Por meio da tecnologia, a operação também pode ser gerenciada em tempo real, mantendo-a mais segura para os trabalhadores e permitindo uma reação mais ágil diante de qualquer mudança de cenário.

5. Gestão energética e hídrica:
Existe uma preocupação cada vez maior com o uso de energias renováveis e de água, recursos de extrema importância para a prática mineral. As companhias devem investir ainda mais em tecnologias capazes de gerir esses artifícios de forma correta e sustentável.

6. Mineração em áreas remotas:

Ao longo de 2023 muito se falou a respeito da mineração em águas profundas, tema que deve continuar em alta no ano de 2024. Por meio da tecnologia, o objetivo será acessar depósitos minerais em áreas cada vez mais remotas, como os oceanos.

De forma geral, a indústria de mineração segue em constante transformação e evoluindo para modelos mais verdes e responsáveis. Em 2024, as empresas que tiverem essa visão, aliada à tecnologia, estarão mais perto de prosperarem e impulsionarem outras transformações no mercado.

*Gustavo Emina é Fundador e CEO da New Wave, holding global de tecnologia sediada em Luxemburgo e focada no desenvolvimento de rotas e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico. A companhia é detentora das marcas New Wave Tech, centro tecnológico dedicado à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis para recuperação de diversos minerais estratégicos contidos em rejeitos ou depósitos marginais; Wave Nickel, focada no processamento sustentável de níquel por meio de uma rota industrial disruptiva; e Wave Aluminium, focada no processamento disruptivo do alumínio.
 

Informações para a imprensa

Bianca Tresca

bianca?tresca@oficina?ci

Denise Mello

denise?mello@oficina?ci

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