Responsável pelas concessionárias de água e esgoto de 489 municípios do Brasil, a Aegea iniciou um programa para criar um mapa digital e 3D da infraestrutura que opera, funcionando como um gêmeo digital. A intenção é utilizar essa a versão digital para prevenir problemas, reduzir despesas e trazer maior eficiência operacional ao identificar e verificar todos os ativos físicos das concessionárias.

A operação do Rio de Janeiro já começou com o inventário dos ativos, que abrangem estações de tratamento de água e esgoto, estações elevatórias, tanques e outros ativos espalhados por 27 municípios. Com foco na manutenção preventiva e modernização da infraestrutura de saneamento, a Aegea investiu R$ 10 milhões para criar o mapa digital 3D das instalações do Rio de Janeiro, proporcionando uma visão em tempo real dos ativos de saneamento de qualquer local.

Além disso, com a fonte de água no ponto baixo e as comunidades localizadas no ponto alto, é necessário ter maior cuidado com o funcionamento das bombas de água, o que justifica, mais uma vez, a digitalização do mapa. A empresa defende que o gêmeo digital agiliza a tomada de decisões e garante que a população receba serviços à água potável, incluindo acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Desafio para implantação

Houve desafios para esse projeto, principalmente na parte de captura de ativos, já que a maioria está enterrado pela cidade. Com isso, a estimativa inicial de 900 plantas passou para mais de 1.300, das quais 300 foram encontradas em áreas de baixa renda. Soma-se à complexidade do projeto estava a topologia da cidade. Com morros e montanhas, o Rio de Janeiro possui topografia que dificulta o levantamento de plantas e bens.

Com mais de 29 mil ativos físicos em 1.317 plantas industriais, o tamanho do projeto envolveu a coordenação de 70 especialistas multidisciplinares em meio a um cronograma apertado para concluir os 211 mil trabalhos de levantamento e modelagem 3D no Rio de Janeiro. Para fazer o mapeamento, um conjunto de 10 drones sobrevoou todas as plantas, dando origem a um total de 156 mil fotos que foram processadas no software ContextCapture. Em seguida, foi gerado um modelo digital 3D para cada uma das usinas.

A Aegea criou gêmeos digitais que representam com precisão as estruturas, disponíveis em uma plataforma web, fornecendo um aplicativo digital de operações para controle e monitoramento de equipamentos e plantas para planejamento logístico e operacional.nstruir os g Além do ContextCapture, a empresa usou vários aplicativos Bentley para construir os modelos e depois importá-los para uma plataforma unificada para coêmeos digitais.

O resultado foi um mapa 3D que representa mais de 1 mil instalações sanitárias. O mapa 3D é interativo e continuamente atualizado e permite que a equipe da Aegea realize visitas virtuais às estruturas. Assim, ela consegue insights de ativos e plantas em tempo real para monitorar a saúde e a operação dos equipamentos, evitando danos a equipamentos e tubulações, permitindo o gerenciamento digital do ciclo de vida dos ativos de saneamento.

Fonte: Water Online