Produção brasileira de cloro teve alta de 1,8%
Hercog Comunicação -
As vendas totais de cloro registraram alta de 6,1%, em relação ao período de janeiro a novembro de 2023, sendo que o consumo cativo de cloro também cresce
De janeiro a novembro de 2023, a produção brasileira de cloro teve alta de 1,8% frente ao apurado no mesmo período de 2022, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), que representa 98% das indústrias brasileiras do setor. A produção total foi de 959,5 mil toneladas. Desse montante, a maior parte, equivalente a 872,9 mil toneladas, foi absorvida para o consumo cativo (quando o cloro é utilizado pelo próprio setor para a produção de outros químicos) direcionado à produção de dicloreatano (DCE), ácido clorídrico e hipoclorito de sódio, o que aponta um crescimento de 1,7% no comparativo com o mesmo intervalo de meses no ano anterior. As vendas totais de cloro registraram alta de 6,1%.
Já a produção de soda cáustica, que é realizada em paralelo à do cloro, teve volume 2% maior do que o registrado no ano anterior, num total de 1.053,8 mil toneladas. As vendas de soda cáustica registraram alta de 5,5% frente ao apurado no mesmo período de 2022.
Em paralelo, o setor de cloro-álcalis também produz ácido clorídrico que, no acumulado até novembro de 2023, equivale a uma produção de 251.823 mil toneladas, dos quais 92,8% foram comercializados como indústrias de alimentos, papel e celulose, revendas e metalúrgicas, entre outros. Outro item relevante do setor é o hipoclorito de sódio, com um total de 69.916 toneladas produzidas nos primeiros onze meses do ano.
A taxa de utilização da capacidade instalada do setor de cloro-álcalis acumulada no período janeiro/novembro de 2023 foi de 77,9%. Em novembro, a taxa de utilização da capacidade instalada foi de 72,9%.
“A demanda de cloro e seus subprodutos apresentou um crescimento muito pequeno, sendo que o setor opera com uma utilização considerada baixa da sua capacidade instalada. Dois fatores explicam essa dinâmica: de um lado, o desempenho da indústria química está sendo fortemente penalizado pelas importações. Como o cloro e seus derivados é uma matéria-prima para mais da metade dos produtos químicos, existe uma redução da demanda dos produtos clorados por esse segmento. Por outro lado, investimentos no setor de saneamento aumentam a procura por nossos produtos para tratamento de água e esgoto e para o investimento em novas instalações, afirma Milton Rego, Presidente Executivo da Abiclor.
Sobre o setor de cloro-álcalis
De acordo com a Abiclor, a cadeia de cloro-álcalis representa 1,1% do valor adicionado do PIB nacional. Trata-se de um setor que gera impactos significativos em toda a indústria brasileira, afinal, os produtos cloro e soda são utilizados como insumos ou durante o processo produtivo de mais da metade dos produtos químicos disponíveis no mercado, além de serem indispensáveis para a fabricação de itens como medicamentos plásticos, espumas, pigmentos, remédios, defensivos agrícolas e muitos outros.
O setor de cloro-álcalis também produz elementos indispensáveis para saneamento básico de água e esgoto nas cidades e primordiais para as indústrias de celulose, alumínio e petróleo. A multiplicidade de áreas para as quais o setor fornece insumos evidencia que possui um alto poder de encadeamento: sua dinâmica está relacionada com o desempenho de toda a economia.
Alline Magalhães <alline@hercogcomunicacao.com.br>