Se muitas pessoas, dentro de suas residências, se sentem incomodadas ao jogar restos de comida no lixo, imagina para uma empresa que descarta, diariamente, um volume considerável de resíduos orgânicos? Para ter uma dimensão da situação, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico e apenas 1% deste total é reciclado, segundo dados da ABRELPE. Pensando nessa problemática, a startup Eccaplan tem incentivado indústrias e empresas a aderirem ao programa “Sou Resíduo Zero” e instalarem suas próprias composteiras no ambiente empresarial, resultando em benefícios ambientais, econômicos e sociais.

“O que chamamos de “lixo orgânico” na verdade é puro nutriente que precisa voltar para o solo, não deveria lotar os aterros sanitários.

Por isso, é tão importante que empresas fechem esse ciclo e adotem este tipo de prática sustentável, que pode ser bem mais simples do que se imagina, e demonstrem que estão, de fato, empenhadas em ações socioambientais, implementando o conceito ESG na prática”, afirma Fernando Beltrame, CEO da Eccaplan.

Ao disponibilizar este tipo de serviço, a Eccaplan administra toda a gestão de resíduos, separando o lixo orgânico e encaminhando corretamente para o sistema de compostagem, que pode ser instalado dentro da empresa, fechando o ciclo do recurso natural e reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários. Em 2023, a startup atingiu a marca de mais de 200 toneladas de resíduos orgânicos compostados de clientes e parceiros. “Ao aderir ao programa “Sou Resíduo Zero”, as empresas produzem seu próprio composto, que pode ser usado para melhorar a qualidade do solo em áreas verdes, jardins ou mesmo em operações agrícolas, economizando assim nos custos de compra de fertilizantes químicos”, diz o CEO da Eccaplan. E todos esses indicadores ainda podem ser acompanhados através da plataforma on line de gestão de resíduos.

O executivo também explica que a compostagem não é apenas uma boa ação ambiental, mas atende a normas e legislações. Em alguns estados brasileiros é proibido por lei que a totalidade dos resíduos orgânicos produzidos por condomínios residenciais e estabelecimentos comerciais sejam encaminhados para aterros sanitários. “Acredito que há aspectos financeiros e ambientais a serem considerados ao lidar com o lixo de forma inadequada. Em muitas situações, a gestão responsável dos resíduos pode trazer benefícios financeiros e ambientais a longo prazo”, finaliza.

Mariana Sales Koulakdjian <mariana.sales@mla.com.br>