Ampliação na cobertura de água potável e de serviços de esgoto pode reduzir as internações por dengue

Pesquisa do IDB Invest, em parceria com a BRK, revela que o acesso aos serviços de água e esgoto promove reduções nos índices de hospitalizações


A ampliação na cobertura de água potável e de serviços de esgoto pode reduzir as internações por dengue em mais de 50% no Brasil. O dado é resultado da pesquisa “O líquido da vida: estimando os impactos dos serviços de água e saneamento na saúde no Brasil”, realizada pela IDB Invest, em parceria com a BRK, uma das principais empresas privadas de saneamento do país. Em Macaé-RJ, o índice é ainda maior. Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em pouco mais de 10 anos de concessão, os investimentos em saneamento ajudaram a reduzir em 97% o número de internações causadas pela doença, saindo de 274 internações por ano em 2010, para oito, em 2021 (data em que os dados da pesquisa foram coletados).

O atual cenário epidemiológico do município, de acordo com a prefeitura, aponta que os índices de infestação do Aedes Aegypti estão abaixo da média do Estado: “Um ambiente não saneado atrai diversos tipos de vetores. O mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue) é um desses animais que se aproveitam de águas residuais para procriar. Saneamento não está incluindo só esgotamento sanitário e água, mas, também, drenagem e coleta de resíduos sólidos. Quando temos um ambiente que essa prestação de serviços é precária, vetores de doenças serão atraídos”, explica o médico Matheus Couto.

Para evitar a propagação do mosquito, também é importante que cada um faça a sua parte.  O Ministério da Saúde reforça que os cuidados individuais como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas evitando o acúmulo de água, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos e a limpeza das caixas d’água são as melhores formas de prevenção. E nos primeiros sinais de sintomas como febre de início repentino (39°C a 40°C) e manifestações de dois ou mais sintomas como dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos, a indicação é recorrer imediatamente ao serviço de saúde, a fim de obter o diagnóstico e o tratamento necessário.

O saneamento reduz gastos com saúde pública

Investir não só em água, como também em esgoto tratado, é indispensável para prevenir doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para cada R$1,00 aplicado em saneamento básico há uma economia de R$4,00 em saúde pública. Das enfermidades relacionadas ao saneamento, as diarreias representam mais de 80% dos casos, sendo responsáveis por cerca de 40% das internações hospitalares em crianças menores de 5 anos no mundo, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Atuação da BRK

A BRK atua em cerca de 100 municípios do Brasil, atendendo a mais de 16 milhões de pessoas. O foco da companhia em expandir a cobertura e melhorar a qualidade do serviço se reflete nos níveis de investimento per capita nos locais em que a empresa está presente: uma média de R$ 120 por pessoa em 2020, quase o dobro do investimento médio do restante do Brasil.

- Para nós, o saneamento básico é a chave para o desenvolvimento social e econômico e tem grande potencial de impacto positivo não só na saúde, como também na educação. Por isso, estamos comprometidos com um modelo de gestão ESG (da sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança), incorporando esta estratégia à tomada de decisões e à prestação de serviços - ressalta o diretor da BRK em Macaé, Ricardo Santiago.

Carlos Vinicius Fernandes Alves <cvinicius@brkambiental.com.br>

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