Os problemas da falta de monitoramento da vazão de córregos e rios

Falta de monitoramento e obtenção precisa de dados de medição de vazão podem afetar fortemente comunidades, agricultura e até mesmo o abastecimento urbano


Imagine a importância de compreender o fluxo de um rio para a vida ao seu redor. Entender como ele flui é crucial, porém, medir e interpretar essa movimentação é uma tarefa complexa, especialmente em áreas onde a água é essencial para a agricultura e o abastecimento urbano. Nesses lugares, compreender a quantidade de água que passa por um rio pode determinar se as plantações receberão irrigação suficiente ou se as comunidades terão água potável.

Um exemplo recente é a redução significativa na vazão do Rio Meia Ponte, essencial para o abastecimento de água na Região Metropolitana de Goiânia, e do Rio Araguaia em Aruanã, que foi registrada em janeiro de 2024, apresentando uma queda de 43% e 71%, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

"Cada vez mais, a obtenção precisa de dados de medição de vazão e parâmetros hidrológicos é essencial para as tomadas de decisões estratégicas dentro de organizações públicas e privadas", afirma Cristiano Leonardo, Especialista Sênior em Hidrologia e Saneamento da Clean Environment Brasil. Segundo ele, Gerenciar os parâmetros hidrológicos de forma qualificada se torna imprescindível para evitar uma série de prejuízos significativos em diferentes aspectos. Financeiramente, há um aumento nos gastos com produtos para tratamento de água ou efluentes, mesmo quando sua qualidade não está tão comprometida, o que resulta em um desperdício de recursos que poderiam ser economizados. Por outro lado, a falta de dosagem adequada desses produtos pode levar ao retrabalho no tratamento, elevando ainda mais os custos operacionais.

Em termos ambientais, o lançamento de efluentes com qualidade inferior em corpos hídricos pode desencadear impactos devastadores, como a morte de peixes, a formação de espumas, colorações indesejadas e odores prejudiciais à saúde da população. No que diz respeito ao manejo inadequado do volume de água, os riscos são ainda mais graves, podendo resultar em enchentes, com prejuízos materiais e perdas de vidas, além de desencadear problemas sanitários como a propagação de doenças como a leptospirose. 

Como a tecnologia pode contribuir

Para prever situações como as ocorridas em Goiás e tomar atitudes com antecedência, o especialista explica que há sistemas avançados de monitoramento de vazão em rios e córregos, que podem fazer este trabalho. Trata-se de soluções impulsionadas por tecnologias de ponta como área velocidade, ADCP (Perfilador Acústico Doppler de Corrente), ADV (Velocímetro Acústico Doppler) e Laser, que oferecem uma abordagem eficiente e precisa para o monitoramento dos fluxos hídricos em ambientes naturais.

Essa tecnologia não só fornece dados precisos sobre a vazão hídrica, mas também oferece insights valiosos sobre o comportamento hidrodinâmico dos corpos d'água. Atualmente, a Clean possui clientes por todo o Brasil que fazem uso desta poderosa tecnologia para a gestão de recursos hídricos em áreas vulneráveis a inundações ou secas, permitindo uma resposta mais ágil e eficaz em situações de crise. "Na Clean, por exemplo, temos uma solução de monitoramento de vazão que não só proporciona esses dados, mas que também capacita os tomadores de decisão a agir de forma proativa para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos", explica.

André Caramello, gerente de negócios da Clean, ressalta a importância de agir proativamente a partir do monitoramento, garantindo maior segurança híbrida e sustentabilidade nas operações. "O monitoramento contínuo da vazão e qualidade da água permite uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, incluindo o controle de enchentes, a manutenção de reservatórios e a otimização do uso para diferentes fins, como irrigação agrícola, abastecimento urbano e geração de energia", afirma. 

Além desses benefícios, o acompanhamento em tempo real também possibilita a identificação precoce de riscos de enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais relacionados à água, possibilitando a emissão de alertas e a adoção de medidas preventivas para proteger vidas e propriedades. 

Como parte fundamental da gestão de recursos hídricos, torna-se essencial integrar estratégias de saneamento sustentável visando não apenas a eficiência operacional, mas também a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades, uma vez que práticas como o tratamento de esgotos e o manejo adequado dos resíduos ajudam a reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a proteger os recursos hídricos contra os impactos das alterações climáticas.

Exemplo no Paraná

As alternativas disponíveis no mercado, incluem soluções que podem ser muito úteis para a geração de energia hidroelétrica. "Um dos aliados nestes casos é o Argonaut SL, por exemplo, um medidor que já comercializamos para uma grande empresa da área de geração de energia hidroelétrica do estado paranaense, que contribui fornecendo dados precisos e em tempo real das medições de vazão dos córregos e rios tributários do reservatório da usina". 

Com esses dados, é possível monitorar constantemente o fluxo de água que chega ao reservatório, o que é crucial para a gestão eficiente da geração de energia, permitindo ajustes operacionais conforme necessário. Além disso, as informações coletadas também podem ser utilizadas para a tomada de decisões em relação ao manejo hídrico e ambiental da região.

Fornecer informações valiosas e em tempo real, segundo o especialista, faz da ferramenta um item essencial para o planejamento e gestão ambiental. Seja para proteger ecossistemas sensíveis, otimizar o uso da água para fins agrícolas ou garantir a segurança das comunidades contra desastres naturais, a tecnologia desempenha ainda um papel fundamental na promoção da sustentabilidade e resiliência ambiental.

clean@clean.com.br 
(19) 3794-2900

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