SAA e Semil assinam resolução que fomenta empreendimentos com uso de biogás e biometano
Approach Comunicação -
Parceria entre as secretarias visa o licenciamento ambiental para produção de energia verde. Potencial do setor sucroenergético é de 30 milhões de Nm³/dia
Protagonista na transição energética nacional, sendo o maior produtor de energia solar do país na modalidade de geração distribuída, o estado de São Paulo dá mais um passo na consolidação de sua liderança no tema com a assinatura, por meio das secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, de resolução conjunta que normatiza o licenciamento ambiental, a partir da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para estimular a geração de energia de biogás/biometano por meio de biodigestores nas propriedades e indústrias agrícolas paulistas. O maior potencial para esse aproveitamento está no setor sucroenergético, com estimativa de produção de biogás de 30 milhões de Nm³/d, ou 80% do total.
Já o biogás gerado pela decomposição de matéria orgânica pode ser obtido, por exemplo, a partir de resíduos da pecuária de corte e leite e da suinocultura e corresponde a 5 milhões de Nm³/d. São Paulo possui o maior parque abatedor do país, com 54 plantas industriais, 494 matadouros e 50 frigoríficos, além de 400 mil propriedades rurais, das quais 190 mil com potencial para implementação de biodigestores. O biometano, por sua vez, pode ser utilizado como combustível veicular, com elevado potencial de descarbonização do setor de transportes, especialmente em substituição ao óleo diesel e ao óleo combustível. Pode, ainda, ser transportado por gasodutos ou caminhões e tanto sua transferência quanto o seu armazenamento estão também contemplados pela resolução.
Entre os objetivos da medida conjunta estão a diminuição da dependência de combustíveis fósseis e a evolução de autonomia e segurança energética, além da redução de custos. A utilização dessas tecnologias beneficia o agro ainda com maior produção de biofertilizantes e a geração de créditos de carbono.