Setor privado de saneamento evita que 834 milhões de m³ de esgoto sanitário fossem despejados no meio ambiente sem tratamento

Setor é o vetor de promoção da agenda ESG”, afirma a diretora-executiva da ABCON SINDCON durante a Bienal das Rodovias


Somente no ano de 2022 o setor privado de saneamento evitou que 834 milhões de m³ de esgoto sanitário fossem despejados no meio ambiente sem tratamento. O volume de esgoto sanitário tratado pelo setor privado corresponde a 333.611 piscinas olímpicas. Esse é um exemplo da importância do setor na defesa da sustentabilidade no país, a ponto de a diretora-executiva da ABCON SINDCON, Christianne Dias, afirmar: “o saneamento é o vetor de promoção da agenda ESG.”

Os números e o testemunho da executiva foram relatados hoje (07.08) durante o painel “Sustentabilidade para além das rodovias: o que outros setores têm a ensinar?”, na Bienal das Rodovias, evento promovido pela ABCR, Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, com o tema “O Caminho da Sustentabilidade”.

No painel, Christianne Dias disse ser muito importante olhar para nossos recursos hídricos. “O Brasil possui 12% da água doce do mundo. Temos condições de implementar medidas com tecnologia para evitar que o esgoto seja jogado nos rios e lagos. É preciso incluir esse tema na agenda política e econômica do país”, enfatizou.

Ela lembrou que o saneamento está presente nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, mais especificamente e diretamente no ODS 6, que é assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos. “A meta de universalização preconizada por esse ODS é para 2030, data próxima à universalização definida pelo marco legal do setor aqui no Brasil, prevista para 2033”, comparou Christianne.

No contexto do mercado de carbono, a ABCON possui posicionamento favorável ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) – PL n° 2 182/2024. “Entretanto, é importante que qualquer política não afete a universalização, considerando todos os demais benefícios ambientais”, acrescentou Christianne.

A diretora também compartilhou alguns cases das concessionárias privadas, que fortalecem cada vez mais a sustentabilidade em suas operações. Ela lembrou que a ABCON SINDCON promove a cada dois anos o Prêmio Sustentabilidade, que, em sua última edição, teve cerca de 90 projetos inscritos, todos executados por concessionárias privadas associadas à entidade. Resiliência hídrica, economia circular, proteção e restauração de ecossistemas são algumas das áreas em que esses projetos já alcançam resultados muito significativos.

Christianne aproveitou e convidou o público a acompanhar o 9° Encontro Nacional das Águas, que a ABCON SINDCON promoverá em novembro, com diversos painéis de temas relevantes para a sustentabilidade, como, por exemplo, o encontro sobre mudanças climáticas.

Futuro do setor – a diretora finalizou sua participação com uma visão do que se aguardar para os próximos anos no saneamento.

“A universalização dos serviços é essencial para melhorar a qualidade dos recursos hídricos, garantindo um ambiente saudável para todos, incluindo as futuras gerações. Isso resultará em melhorias na saúde pública e na qualidade de vida, impulsionando o desenvolvimento econômico e social. Podemos esperar melhorias na eficiência energética e redução da emissão de gases de efeito estufa na operação do setor, por meio da inovação tecnológica, promovendo práticas mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis. A expansão dos serviços de saneamento gera emprego e contribui para um desenvolvimento sustentável, equilibrando benefícios ambientais, sociais e econômicos”, resumiu a diretora.

Participaram ainda do painel, ao lado da ABCON SINDCON, representantes do Ministério dos Portos e Aeroportos, SEST SENAT e da própria ABCR.

 

Crédito da foto: Natan Lima

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