Nesta sexta-feira (13), o 2º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento, realizado no Bs Design, em Fortaleza (CE), encerrou-se com uma série de discussões sobre os desafios enfrentados pelas ouvidorias no setor de saneamento, principalmente no que se refere à proteção de dados e à implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O evento é realizado pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), com apoio da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e organização da Câmara Técnica de Ouvidoria (CTO) da Aesbe e reuniu especialistas de várias regiões do Brasil para debater as transformações impulsionadas pela tecnologia e a inteligência artificial no relacionamento com o cliente.

Para o presidente da Aesbe e da Cagece, Neuri Freitas, que esteve presente neste segundo dia de programação, para ele esse evento é uma oportunidade de troca de experiências que serão fundamentais para o futuro do setor, levando em consideração o surgimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, que são essenciais para o desenvolvimento das companhias. “O papel da ouvidoria vai além de ouvir; ele é estratégico para o relacionamento com o cliente e a proteção de dados. As ouvidorias precisam estar na vanguarda da inovação e da regulação para garantir não apenas a satisfação, mas a segurança das informações que nos são confiadas”, conclui Freitas.

As atividades do segundo dia tiveram início com o painel “Proteção de Dados – Momento ANPD”, que foi moderado por Natalia Oliveira, gerente de projetos da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O painel contou com as palestras de Nathália Coêlho, ouvidora da ANPD, e Edna Angelo, encarregada pelo Tratamento de Dados Pessoais da ANPD, que discutiram as responsabilidades das ouvidorias no cumprimento da LGPD e os desafios que ainda persistem em relação à proteção de dados no setor de saneamento.

Logo em seguida, o painel “Ouvidorias e a LGPD” deu continuidade às discussões, trazendo a visão de diferentes profissionais que atuam diretamente com a proteção de dados nas companhias de saneamento. Dalton Ito, encarregado geral de dados da Sanepar, moderou o painel, que teve a participação de Sinésio Lopes Souto, assessor da presidência da Caesb; Otávio Frota, encarregado geral de dados da Cagece; e Mauro Zanon Marques, encarregado geral de dados da Saneago. Os palestrantes abordaram as práticas de conformidade com a LGPD dentro de suas empresas, enfatizando como essas ações têm sido fundamentais para garantir a segurança e a privacidade dos dados dos clientes.

Marcando o início da segunda parte da programação do dia, Jean Lopes, assessor da Controladoria Geral do Estado do Ceará e poeta institucional, recitou uma poesia de autoria própria com versos que retratavam um resumo desse evento. Em seguida, os debates foram retomados com o painel “Ouvidor Também Fala – Cases de Sucesso de Ouvidorias”. Moderado por Jucilene Maria, ouvidora adjunta da Cagece e secretária da CTO, o painel destacou exemplos práticos de como as ouvidorias podem ser mais eficientes e próximas dos clientes. Adriana Eugênia, presidente da Associação Brasileira de Ouvidores (ABO); Cláudio Dantas, ouvidor da Embasa; Katiusca Voltz, ouvidora da Corsan e Stiverson Charles Gouvea de Oliveira, ouvidor da Sanepar compartilharam cases de sucesso e discutiram como inovações tecnológicas e melhorias nos processos internos podem transformar a experiência do cliente.

A segunda parte do painel foi moderada por Eduardo Romualdo Soares, ouvidor da Caesb e coordenador da Câmara Técnica de Ouvidoria da Aesbe, o painel contou com as apresentações de Stella Lino, ouvidora da Saneago, Adriana Miranda, ouvidora da Cosanpa, e Liana Saboya, ouvidora da Cagece. Cada palestrante apresentou práticas e soluções aplicadas em suas companhias, destacando o papel estratégico das ouvidorias no relacionamento com os clientes.O painel foi encerrado com um coffee break, que também marcou o encerramento oficial do evento.