Soluções inovadoras ganham destaque para enfrentar o desafio hídrico
Lucky Assessoria -
A instabilidade climática continua a impactar duramente o agronegócio brasileiro, que luta para manter a produtividade em meio a uma situação hídrica
A instabilidade climática continua a impactar duramente o agronegócio brasileiro, que luta para manter a produtividade em meio a uma situação hídrica cada vez mais preocupante. Segundo o Boletim de Monitoramento de Secas e Impactos no Brasil, divulgado pelo governo federal nesta quarta-feira (6), outubro trouxe uma leve melhora no cenário em relação a setembro, com uma redução no número de municípios em estado de seca extrema. Contudo, os índices ainda são alarmantes em diversas regiões como o Acre, sudoeste do Amazonas, Rondônia e norte do Mato Grosso. No Nordeste, especialmente em Alagoas e Sergipe, a seca severa e extrema se intensificou, ampliando os desafios para a produção agrícola.
Em outubro, o levantamento do governo contabilizou que aproximadamente 500 municípios brasileiros enfrentaram níveis críticos de seca, com pelo menos 80% de suas áreas agroprodutivas impactadas. Embora essa marca seja ligeiramente inferior à registrada em setembro, o cenário segue sendo uma grande preocupação para o setor, que precisa lidar com a escassez de recursos hídricos e, consequentemente, com a ameaça à sustentabilidade das lavouras e pastagens.
A seca prolongada traz uma série de desafios ao agricultor e ao pecuarista, impactando diretamente o crescimento das plantas e a qualidade das pastagens. Em áreas críticas, a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios comprometem o ciclo produtivo de culturas como soja, milho e algodão, além da criação de gado. A irrigação, uma solução comum, se torna inviável em regiões onde a água é cada vez mais limitada, criando a necessidade de métodos que permitam melhor utilização e retenção dos recursos hídricos.
Diante disso, produtores procuram soluções que mitiguem os impactos da seca e preservem a produção. Um exemplo é o uso de polímeros hidroretentores. “Esses polímeros atuam como "reservatórios" de água no solo, podendo reter grandes volumes de água e liberá-la gradualmente, conforme as plantas necessitam”, relatou Loremberg Moraes, Diretor da Hydroplan-EB, empresa que investe a 25 anos em tecnologias para o agronegócio.
Os polímeros da Hydroplan – EB, ao entrarem em contato com a água, têm a capacidade de absorver 200 a 400 vezes o seu peso, aumentando seu tamanho em 100 vezes. Eles atuam capturando a água disponível e a liberando de maneira controlada, criando assim uma reserva valiosa para os períodos de estiagem. Dessa forma, os agricultores conseguem diminuir a frequência da irrigação e otimizar o uso da água, prevenindo a perda de umidade por evaporação ou drenagem e mantendo o solo hidratado por um período mais prolongado.
Além de melhorar a eficiência hídrica, o uso dos polímeros também contribui para a saúde do solo. A tecnologia evita a compactação e erosão, promovendo o desenvolvimento das raízes e, consequentemente, o crescimento mais vigoroso das plantas. “Em regiões com seca, adotar estratégias como essa pode significar a diferença entre a manutenção e o colapso de uma safra, principalmente em períodos críticos de seca severa”, conclui Loremberg.
Num contexto onde a seca persiste em impactar a produção agrícola e pecuária em várias regiões no país, a busca por novas soluções acende a esperança de que o setor consiga preservar sua competitividade e sustentabilidade. A aplicação de tecnologias que favoreçam o uso racional dos recursos naturais será cada vez mais fundamental para a resiliência do agronegócio brasileiro diante das mudanças climáticas.
Kaísa Romagnoli (lucky3@luckyassessoria.com.br)