Instituições expressam preocupação com a redução de recursos para a operação das Redes Meteorológica e Hidrológica Nacional
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (ASCOM) -
Em carta aberta, mais de 40 instituições brasileiras expressam sua preocupação com a redução continuada de recursos e capacidade para a operação das Redes
Em carta aberta (Clique aqui), mais de 40 instituições brasileiras expressam sua preocupação com a redução continuada de recursos e capacidade para a operação das Redes Meteorológica e Hidrológica Nacional.
As redes são essenciais para o monitoramento do clima e da água, fornecendo dados cruciais para:
- Planejar atividades econômicas, gerir recursos hídricos e proteger pessoas e propriedades de eventos climáticos extremos como secas e inundações.
- Emitir alertas meteorológicos e geo-hidrológicos, orientar ações de prevenção e resposta a desastres e implementar programas de auxílio emergencial.
- Planejar cultivos, prever geadas e níveis de precipitação, monitorar períodos de seca e seus impactos econômicos na agricultura e pecuária.
- Elaborar estudos de aproveitamentos hidrelétricos, operar reservatórios, estimar o consumo de energia, planejar o uso de fontes alternativas e monitorar riscos ao sistema de distribuição de energia.
- Avaliar o risco hídrico na indústria, que depende da água para seus processos produtivos.
- Monitorar a navegabilidade, as condições do tráfego rodoviário e a segurança da aviação.
- Projetar sistemas de captação de água para abastecimento das cidades, indicar a necessidade de investimentos em esgotamento sanitário e garantir o acesso seguro à água tratada.
- Preparar para eventos como ondas de calor, prevenir doenças de veiculação hídrica e controlar a poluição hídrica.
A carta aberta chama a atenção para a redução de orçamento, contingenciamentos e falta de pessoal que afetam os serviços de monitoramento do clima e dos recursos hídricos no Brasil. A falta de recursos ameaça a continuidade da operação de milhares de estações hidrometeorológicas em todo o país, algumas com mais de 100 anos de funcionamento, impactando negativamente a segurança hídrica, alimentar, energética e o desenvolvimento econômico do país.
A intenção é sensibilizar governos, parlamentares e a sociedade sobre a importância estratégica do monitoramento meteorológico e hidrológico no Brasil e alertar para a necessidade urgente do seu fortalecimento, em especial diante da ocorrência de eventos climáticos extremos e dos compromissos assumidos pelo País na adaptação à mudança do clima.