Abertura do 1º Seminário de Educação Ambiental e Sustentabilidade para a COP 30

Seminário teve apoio da Itaipu Binacional e contou com a participação do líder indígena Ailton Krenak e autoridades locais


Mais de 1,3 mil profissionais da Educação participaram na manhã desta quarta-feira (4), em Belém (PA), da abertura do 1º Seminário de Educação Ambiental e Sustentabilidade para a COP 30, atividade prevista dentro de um convênio entre a Itaipu Binacional e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), entidade sem fins lucrativos ligada à Universidade Federal do Pará (UFPA).

O seminário segue até quinta-feira (5) e tem como objetivo promover a capacitação e formação de professores, catadores de resíduos recicláveis, comunidade, gestores ambientais e profissionais interessados nas inovações tecnológicas e práticas sustentáveis voltadas para a educação ambiental.

Participaram da abertura o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni; o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; a secretária municipal da Educação, Araceli Lemos; e a representante da Fadesp Márcia Bittencourt – entre outras autoridades.

Após a cerimônia, o líder indígena Ailton Krenak apresentou a palestra “A natureza do tempo presente: reflexões sobre crise ambiental, cosmologia indígena e ancestralidade”. Escritor, poeta e filósofo, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Krenak é uma das mais importantes vozes na defesa das florestas e da cultura dos povos originários.

O seminário faz parte das ações do convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental, Inovação em Bioeconomia para Belém Rumo à COP 30, desenvolvido pela Itaipu Binacional e parceiros, além de integrar o 21º Diálogos de Saberes, evento anual sobre práticas pedagógicas que envolve professores e alunos da rede municipal de ensino.

A programação inclui duas oficinas, oferecidas nesta quinta-feira: “O uso do biodigestor como equipamento pedagógico” e “Gestão de resíduos sólidos”. Na véspera do seminário, na terça-feira, a Itaipu Binacional, prefeitura e Fadesp entregaram o 26º de um total de 32 biodigestores que estão sendo instalados em escolas da capital paraense, todos financiados por recursos da usina.

“Os instrumentos pedagógicos, que são os biodigestores nas escolas, e a ação com os catadores, mostram que os investimentos da Itaipu para a COP em Belém vão além do asfalto, do acesso às docas, da reforma dos prédios históricos da capital. Mostram, sim, uma visão de sustentabilidade e de preocupação em gerar conhecimento e respeito à ciência. Esse será o maior legado”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.

O líder indígena Ailton Krenak elogiou o envolvimento de instituições nas ações voltadas para a educação ambiental e disse que o projeto de instalação de biodigestores nas escolas, como ferramentas de ensino pedagógico, tem potencial para ser replicado em outras regiões do País. “Espero que consigam expandir esse projeto”, afirmou.

As ações do convênio da Itaipu na capital paraense começaram em maio de 2024 e já beneficiaram 18 mil pessoas de 37 bairros, incluindo cinco ilhas. O público teve acesso a oficinas de tratamento de resíduos, alimentação saudável, biojoias, entre outras, além da instalação de biodigestores.

Para 2025, há previsão de outros dois seminários, 68 apresentações teatrais, curso de formação para profissionais de educação das unidades escolares, além de três campanhas educativas, produção e distribuição de materiais informativos e de sensibilização sobre gestão de resíduos em Belém. O investimento da Itaipu para as ações do convênio passa de R$ 40 milhões.

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