Promovendo a discussão do Saneamento Rural e outras pautas referentes ao setor, nesta quinta-feira (12), a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) esteve reunida com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), do Ministério das Cidades, em Brasília/DF. Sergio Gonçalves, secretário executivo da Aesbe, se reuniu com Leonardo Picciani, secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, e Flávio Marcos Passos GomesJúnior, diretor do Departamento de Saneamento Rural e de Pequenos Municípios da SNSA.

O encontro visou discutir o saneamento rural no país, uma pauta fundamental considerando que, dos 4.047 municípios atendidos pelos 28 prestadores de serviços regionais associados à Aesbe, 1.757 possuem população inferior a 10 mil habitantes (43%), 2.846 têm população inferior a 20 mil habitantes (70%) e 3.267 contam com menos de 30 mil habitantes (81%). Esses dados ressaltam a importância de um olhar mais direcionado ao saneamento em pequenas localidades, onde o acesso a serviços de qualidade ainda enfrenta desafios significativos.

Entre os temas abordados pela Aesbe, também estiveram as contribuições da entidade para a COP 30, evento que será realizado em 2025, no Brasil. A Associação tem articulado a apresentação de um painel sobre diretrizes gerais para o enfrentamento dos impactos da mudança climática, como tempestades, secas e aumento de temperatura, no cotidiano operacional dos prestadores de serviços de água e esgotos.

Outro ponto de destaque é o desenvolvimento de propostas para avançar em três eixos principais: gestão de resíduos e reuso de água; gestão de crise hídrica; recuperação/preservação de mananciais e energias renováveis e biogás.

Além disso, a Aesbe também busca apoiar a criação da “Casa do Saneamento”, construir parcerias no sentido de viabilizar a elaboração de projetos e conclusão das obras e viabilizar a participação das Companhias como interveniente técnico/executor. Segundo Sérgio Gonçalves, secretário executivo da Aesbe, a associação se coloca adisposição do Ministério.

“Nosso desafio é com a área rural, e a ideia nossa, como Aesbe, é nos colocar a disposição nos municípios em que nossas associadas atuam, no que nós pudermos ajudar enquanto estatais”, conclui o secretário.