A última edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP 16) foi encerrada em novembro na cidade colombiana de Cali, com a mensagem de "Paz com a Natureza" e um chamado à reflexão sobre a relação com o meio ambiente e a busca por modelos econômicos que contribuam para a conservação e regeneração da biodiversidade. Neste cenário, um dos temas evidenciados é a importância da participação das pequenas e médias empresas, e de como podem contribuir para esse esforço ao adotar práticas de negócios sustentáveis que visam não apenas ao lucro, mas também à preservação dos recursos naturais e ao bem-estar das comunidades.

Para Giovanna Cappellano, coordenadora de ESG do Grupo Sabará, que participou ativamente da COP 16, sem as ações de toda a cadeia de fornecimento, é impossível que grandes empresas cumpram as metas estabelecidas pelo Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montral (GBF), também conhecido como Novo Marco Global da Biodiversidade, até 2030.

“Estivemos em um dos painéis que discutiu as boas práticas na América Latina relacionadas à negócios e biodiversidade. Enquanto representantes de média empresa, reforçamos nosso papel enquanto parte da cadeia de fornecimento, tendo um papel relevante no que diz respeito ao atingimento das metas da Agenda 2030”, afirma.

“Não podemos falar sobre carbono sem falar de biodiversidade, e sem as nossas ações as grandes corporações não conseguirão descarbonizar, atingir net zero, ou seja, sem ações estratégicas das pequenas e médias empresas, as metas globais do GBF ou do Acordo de Paris não serão cumpridas”, acrescenta.

Exemplo brasileiro 

Recentemente, a iniciativa Science Based Targets (SBTi) lançou um documento atualizado dos Critérios de Definição de Metas do Setor Químico, que revela que a indústria química é considerada o terceiro maior emissor industrial do mundo e pode contribuir com 5% das emissões globais de CO2. 

O Grupo Sabará, referência no setor há quase 70 anos, promove o ESG mesmo antes de existir a sigla agora tão popular. A empresa conta com um trabalho consolidado há mais de 20 anos no que tange o desenvolvimento sustentável e busca atingir a meta de redução de 42%, das emissões de GEE até 2030, principalmente com investimento em fontes limpas de energia.

Primeira empresa brasileira e primeira indústria química da América Latina a possuir  meta de redução de emissões reconhecida na Science Based Targets initiative (SBTi), o Grupo Sabará tem não apenas investido na redução de suas emissões líquidas de GEE, mas também por meio da unidade de negócio Concepta Ingredients (que fornece insumos para as indústrias alimentícia, nutracêutica, entre outras) contribui para áreas consideradas sumidouros de carbono e para alavancar a bioeconomia através da geração de renda em  comunidades locais e a conservação indireta da floresta viva, somando 548 mil hectares distribuídos entre os biomas brasileiros Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.

“No nosso próximo Relatório de Sustentabilidade, que será lançado em 2025, traremos um destaque importante para a Biodiversidade, com um posicionamento do Grupo, apontando a natureza como um “guarda-chuva” com principal foco em água e biodiversidade, incluindo as três unidades de negócio do Grupo, Concepta Ingredients, Sabará Químicos e BioE”, finaliza André Sabará, Diretor Comercial da Concepta Ingredients.

Isabela Santos (isabela@image360.com.br)