A distância entre poços e fossas é crucial para evitar a contaminação do solo e dos recursos hídricos

Alternativas sustentáveis podem evitar a contaminação ambiental


No saneamento básico, a distância entre poços e fossas é crucial para evitar a contaminação do solo e dos recursos hídricos. O sistema de esgoto simples é uma opção utilizada quando não há infraestrutura sanitária adequada. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a forma de esgotamento sanitário mais comum entre os brasileiros é a fossa rudimentar, utilizada por cerca de 19% da população.

Segundo o Censo Demográfico realizado em 2022, aproximadamente 24% da população brasileira vive em domicílios sem estrutura adequada de saneamento básico, o que corresponde a 49 milhões de pessoas. No mesmo ano, estatísticas mostraram que, entre os imóveis com rede de esgoto, 62% estavam ligados a fossas, enquanto 13% não estavam conectados à rede.

A fossa seca, ou rudimentar, é construída para receber materiais sólidos e pastosos, mas não recebe água encanada. Nela, o banheiro é construído sobre um buraco cavado diretamente no chão, que deve ficar a pelo menos 1,5 metros acima do lençol freático, sendo uma prática com grande risco de contaminação. Já a fossa séptica separa a matéria sólida do esgoto e purifica a água, embora seja uma solução eficiente e acessível, ela requer manutenção regular, ou pode comprometer o solo e o lençol freático.

Os riscos da contaminação por fossas incluem transbordamento, quando o esgoto pode correr a céu aberto, infectando a água subterrânea; proliferação de gases, pois a decomposição dos detritos produz gases como o metano, que contribuem para o efeito estufa; vazamentos, que podem poluir o solo e os lençóis freáticos; e doenças causadas por patógenos presentes no esgoto.

Para locais onde não é possível realizar essa ação, a fossa ecológica é uma alternativa. Ela utiliza processos naturais para decompor a matéria orgânica e tratar o esgoto, sendo mais sustentável em comparação à fossa séptica, que utiliza produtos químicos. Ela funciona por meio de micro-organismos aeróbicos que degradam os resíduos sólidos, transformando-os em biofertilizantes, e utiliza uma filtragem natural por meio de plantas que facilitam a evapotranspiração.

“A porcentagem de tratamento de esgoto em Atibaia é bastante alta, acima de 80%, o que mostra o empenho da operação para que esse cenário de exposição da população por meio das fossas seja reduzido localmente. Estamos empenhados em garantir que, em breve, 100% do esgoto seja tratado, com o objetivo de alcançar a universalização do saneamento e eliminar as fossas na cidade”, comenta Mateus Banaco, diretor-geral da Atibaia Saneamento.

Sustentar Comunicação Estratégica

Thais R Croitor – thais@sustentar.ag

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