ANA realiza a 1ª Reunião da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio Tocantins
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (ASCOM) -
O encontro abordou as análises de qualidade da água do rio Tocantins realizadas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizou a 1ª Reunião da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio Tocantins na última terça-feira, 21 de janeiro. Transmitido por meio do canal da ANA no YouTube, o encontro abordou as análises de qualidade da água do rio Tocantins realizadas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que fica entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), em 22 de dezembro de 2024, entre outros temas relacionados.
Os encontros da Sala de Acompanhamento são realizados com o objetivo de nivelar e compartilhar informações sobre a situação e perspectivas climáticas e hidrológicas para a bacia hidrográfica do rio Tocantins e acerca da operação dos principais reservatórios existentes. A reunião de 21 de janeiro também contou com atualização de informações sobre impactos do desabamento da Ponte, tema que já foi tratado em reuniões da Sala de Crise sobre o tema entre dezembro de 2024 e janeiro deste ano.
Na 1ª Reunião a ANA informou que os últimos resultados das análises de qualidade da água (amostras dos dias 7 a 8 de janeiro) não detectaram alterações ou presença de pesticidas nas águas do rio Tocantins nos pontos monitorados, assim como ocorreu nas amostras anteriores. Em função do aumento das vazões do rio, as operações de mergulho e remoção de recipientes de pesticidas tiveram de ser interrompidas, ação que deve ser retomada quando as vazões baixarem, o que é esperado para ocorrer entre abril e maio, pelo histórico de vazões no local do acidente.
A partir das próximas semanas, o monitoramento da qualidade de água terá continuidade por meio de empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com acompanhamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da ANA. A Agência seguirá acompanhando a situação e divulgando resultados de análises de qualidade da água no local do acidente e em pontos a montante (rio abaixo).
Conforme já registrado nas reuniões da Sala de Crise anterior, enquanto os recipientes de pesticidas estiverem no rio, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e a consequente contaminação da água, podendo resultar em concentrações de alguns poluentes temporariamente acima dos valores máximos permissíveis. Mesmo que esse risco seja baixo, é importante que haja esforços para a remoção de todo o material (bombonas) que caiu no rio Tocantins.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) apresentaram o histórico, situação atual e perspectivas de chuva para a bacia hidrográfica do rio Tocantins, que tem apresentado chuvas acima da média desde outubro de 2024, início do período chuvoso na região. As previsões dos modelos meteorológicos indicam precipitações em torno da média até o fim de janeiro deste ano e uma tendência de redução de chuvas em fevereiro. Para o trimestre de fevereiro a abril, os modelos indicam chuvas abaixo da média para o período em grande parte da bacia, embora as vazões tendam a continuar altas em razão do período chuvoso.
Já o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou o aumento de vazões e armazenamento de água em reservatórios da bacia desde dezembro de 2024. O volume armazenado no reservatório da usina hidrelétrica (UHE) Serra da Mesa está em 62% e subindo. No caso da UHE Estreito, que opera a fio d’água e não tem grande capacidade de armazenamento de água, as vazões afluentes atingiram 8400 metros cúbicos por segundo e estão aumentando.
Pela ausência de impactos ambientais e estabilidade da qualidade da água, a ANA anunciou em 16 de janeiro que segue acompanhando a situação do rio Tocantins a partir das reuniões da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio Tocantins, cuja dinâmica é diferente de uma sala de crise, pois não é focada na situação de crise. Havendo qualquer alteração significativa no cenário, será convocada imediatamente uma reunião extraordinária da Sala de Crise para que os atores envolvidos possam seguir atuando em conjunto.
Rio Tocantins
Com aproximadamente 2400km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente dos cerca de 2800km do rio São Francisco. O Tocantins nasce entre os municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. O rio pode ser chamado de Tocantins-Araguaia por se encontrar com o rio Araguaia entre Tocantins e Pará. Os dois cursos d’água também dão nome à Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, que é a maior do Brasil em área de drenagem 100% em território nacional.
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