A Companhia Águas de Joinville está realizando estudos para requalificação ambiental das lagoas de estabilização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Jarivatuba. As lagoas foram desativadas em 2021, após a nova estação Jarivatuba, construída na mesma área da antiga unidade, entrar em operação.

O estudo e o projeto para requalificação das lagoas, orçados em R$ 4,13 milhões, têm prazo de execução de 18 meses. Os trabalhos estão sob responsabilidade da Phytorestore Brasil, que venceu o processo licitatório. A empresa é especializada em Soluções Baseadas na Natureza (SbNs) e proprietária da patente de jardins filtrantes para tratamento de esgotos e efluentes industriais e recuperação de rios e lagos.

A tecnologia francesa foi a mesma utilizada na limpeza de alguns trechos do rio Sena, em Paris, e também em projeto semelhante de requalificação de lagoas no Marrocos. Os jardins filtrantes são filtros biológicos que promovem o tratamento de efluentes através da formação de microrganismos na zona de raízes de plantas aquáticas, decompondo os poluentes de forma natural e sem adição de produtos químicos. A Phytorestore tem mais de 1,2 mil projetos implantados no mundo.

“É um projeto pioneiro no Brasil, por ser a primeira vez que esta tecnologia está sendo aplicada aqui no país para desativação de lagoas de tratamento de efluentes, dentro do conceito de Soluções Baseadas na Natureza”, destaca Sidney Marques de Oliveira Junior, diretor-presidente da Águas de Joinville.

A área a ser recuperada por meio de requalificação ambiental é de aproximadamente 430 mil metros quadrados e engloba 12 lagoas. O volume que será tratado é estimado em 17,6 milhões de metros cúbicos, que é equivalente a sete mil piscinas olímpicas.