A Phytorestore Brasil, empresa pioneira na implantação de sistemas de jardins filtrantes para o tratamento de esgotos e efluentes industriais, iniciou os estudos de revitalização das lagoas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Jarivatuba, localizada em Joinville (SC) e desativadas em 2021. Trata-se de uma área de 430 mil metros quadrados, o equivalente a 60 campos de futebol, a ser recuperada por meio da requalificação ambiental e o consequente tratamento das águas das lagoas.

A tecnologia a ser implementada é a de jardins filtrantes, a mesma desenvolvida e utilizada pela empresa em mais de mil projetos em todo o mundo. Os jardins filtrantes são filtros biológicos que promovem o tratamento de efluentes através da formação de microorganismos na zona de raízes de plantas aquáticas, decompondo os poluentes de forma natural, sem nenhuma adição de produtos químicos.

“A utilização de Soluções Baseadas na Natureza (SbNs) para lidar com um passivo ambiental será cada vez mais comum no Brasil. No caso dos jardins filtrantes, é um movimento que já acontece em diversos países, com resultados e ganhos de sustentabilidade comprovados”, afirma Cristiane Schwanka, Chief-Executive Officer (CEO) da Phytorestore Brasil.

Em Joinville, o volume de águas a ser tratado pela Phytorestore provém de 12 lagoas, com um volume estimado ao redor de 17,6 milhões de metros cúbicos. Em outras palavras, esse montante de água é como se 7 mil piscinas olímpicas fossem tratadas. Os estudos do projeto dos jardins filtrantes para as lagoas da ETE Jarivatuba foram orçados em R$ 4,137 milhões. O valor não contempla as obras civis, que serão estimadas após os resultados iniciais dos estudos.

Para identificar as percepções e necessidades da população do entorno das lagoas, e assim definir o melhor projeto de requalificação desta área, as equipes da Phytorestore e da companhia já realizaram uma Oficina de Planejamento Participativo com a comunidade. O objetivo da reunião foi apresentar o projeto para a comunidade que vive na região e demais públicos interessados na preservação do local.

Um dos aspectos mais importantes desse movimento, destaca a CEO da Phytorestore, é que o projeto de Joinville deverá atrair a atenção de outras concessionárias na direção das SbNs. “O ineditismo impulsiona e é algo que desperta a atenção para tratarmos os efluentes e água de outra forma que não só por meio de soluções cinzas”, diz Schwanka. Soluções cinzas são aquelas que se valem de obras de concreto armado.

“Esse é um projeto pioneiro no Brasil. É a primeira vez que a tecnologia dos jardins filtrantes está sendo aplicada no Brasil para a desativação de lagoas de tratamento de efluentes, dentro do conceito de SbNs”, afirma Sidney Marques de Oliveira Junior, diretor-presidente da CAJ.

No Brasil, a Phytorestore conta com dois projetos de referência, o Parque Orla Piratininga e o Parque do Cavoco, realizados em parceria com as prefeituras de Niterói (RJ) e Recife (PE), respectivamente. No primeiro, a revitalização ecológica viabiliza o tratamento de poluição difusa com vazão média de 57.800,00 m3/dia em meio a uma área de 183 mil metros quadrados da orla da lagoa Piratininga. No Recife, o parque Caiara conta com jardins filtrantes para o tratamento de 350 mil litros por dia de águas oriundas do Riacho do Cavoco. Ambos os projetos são premiados internacionalmente. No mundo, já entregou mais de 1,2 mil projetos.

IMPRENSA

Guilherme Manechini

Danilo Fariello