3ª Reunião de Ministros e Autoridades Responsáveis pela Água da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) (ASCOM) -
Realizado com a temática A Juventude como Força Motriz da Resiliência Hídrica face aos Desafios das Alterações Climáticas
A cidade de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, na África, sediou a 3ª Reunião de Ministros e Autoridades Responsáveis pela Água (RMARAG) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Realizado com a temática A Juventude como Força Motriz da Resiliência Hídrica face aos Desafios das Alterações Climáticas, o evento contou com a participação da diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Veronica Sánchez da Cruz Rios, por meio de vídeo.
Em sua fala, a diretora-presidente da Agência abordou o trabalho que a instituição vem desempenhando no tema das mudanças climáticas. “A ANA é pioneira na consideração das mudanças climáticas no planejamento dos recursos hídricos no Brasil e, desde sua criação, tem implementado medidas para aumentar a segurança hídrica e a capacidade do Brasil de se adaptar aos novos cenários. No ano passado, lançamos, de forma inédita, o relatório Impacto da Mudança Climática nos Recursos Hídricos do Brasil , marcando um avanço significativo no apoio à estratégia nacional de adaptação às mudanças climáticas”, compartilhou.
Considerando a temática da 3ª RMARAG, A Juventude como Força Motriz da Resiliência Hídrica face aos Desafios das Alterações Climáticas, a diretora-presidente da ANA relatou que o Brasil está comprometido nesse assunto e que a Agência vem apoiando as edições das Conferências Nacionais Infantojuvenis pelo Meio Ambiente, as quais são promovidas pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Rios falou, ainda, dos cursos que a ANA oferece contínua e gratuitamente por intermédio do site https://ava.ana.gov.br/#/.
Veronica destacou, ainda, iniciativas que a ANA pretende apresentar durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), a qual será realizada em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro. A inclusão da variável mudança do clima ao Índice de Segurança Hídrica no Brasil é uma delas, assim como um documento contendo lições aprendidas e diretrizes para um futuro mais resiliente com base no estudo de caso das enchentes de 2024 no Sul do País.
Outro trabalho que será apresentado na COP 30 é o Rastreador da Resiliência da Água, que é uma ferramenta para identificar a abordagem da água, nos planos climáticos, e do clima, nos planos de recursos hídricos, de modo a contribuir para a elaboração de planos de adaptação às mudanças climáticas mais integrados e efetivos.
Ao fim da 3ª RMARAG, os representantes dos países da CPLP assinaram Declaração. Assinado pelo embaixador Plenipotenciário da República Federativa do Brasil em São Tomé e Príncipe, Pedro Luiz Dalcero, o documento enfatizou a necessidade de reforçar a prioridade política da agenda da água, instando as reuniões de diferentes órgãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a incluir o tema nas suas deliberações, como nos casos da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP e a Reunião dos Ministros das Finanças da CPLP.
Além disso, a Declaração da 3ª RMARAG pontuou a importância de incentivar o desenvolvimento e a implementação de estratégias e programas nacionais que fortaleçam as sinergias entre o “nexo água-segurança alimentar-energia-clima”, assim como a necessidade de se promover a institucionalização de mecanismos de diálogo e cooperação multiministerial para alinhamento de políticas e ações nacionais para uma segurança da água inclusiva e resistente às alterações climáticas. O documento aponta, ainda, que os países da Comunidade devem promover esforços para o compartilhamento de informações entre eles sobre sistemas de alerta e resposta a emergências, entre outras conclusões.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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