A geração de efluentes pela indústria alimentícia é um relevante desafio ambiental
Ricardo Viveiros & Associados — RV&A -
Setor alimentício responde por cerca de 30% de toda a geração de efluentes industriais no mundo.
A geração de efluentes pela indústria alimentícia é um relevante desafio ambiental, alerta Fernando Donnantuoni, coordenador de desenvolvimento de negócios na Opersan, empresa especializada em tratamento de águas e efluentes industriais. Em termos de volume, o setor produz anualmente no País cerca de 20 bilhões de metros cúbicos de efluentes, conforme estimativa do Instituto Trata Brasil. Globalmente, estima-se que o segmento seja responsável por aproximadamente 30% de todos os efluentes industriais, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O especialista explica que a questão dos efluentes não se limita à quantidade de água utilizada. Abrange, também, a complexidade dos contaminantes. Cargas orgânicas elevadas, sólidos suspensos e substâncias químicas derivadas de aditivos e conservantes tornam o tratamento dos efluentes um processo delicado e exigente, inclusive quando se trata de conformidade com a legislação ambiental, cada vez mais rígida.
Entretanto, soluções inovadoras têm se mostrado eficientes na abordagem desses desafios. Um exemplo de sucesso no Brasil é a parceria da Opersan com uma indústria processadora de frutas. A colaboração, tem resultado em um sistema de tratamento de efluentes altamente eficaz, que atende aos rigorosos requisitos legais e proporciona vantagens econômicas e ecológicas.
A empresa, especializada no processamento de frutas, enfrentava a necessidade de tratar seus efluentes de forma adequada, especialmente para atender à legislação de descarte em corpos receptores. O sistema implantado pela Opersan inclui um processo de pré-tratamento físico-químico e um tratamento biológico avançado com membranas de ultrafiltração (MBR – Membrane Bio Reactor), que resulta em um efluente tratado de alta qualidade.
Fernando Donnantuoni, coordenador de Desenvolvimento de Negócios da companhia, destaca que o sistema possui capacidade para tratar até 1.600 metros cúbicos de efluentes mensais. A solução aplicada atendendo a modalidade Onsite (sistema instalado nas dependências da indústria), proporcionou redução de custos operacionais e eliminação de riscos logísticos. Além disso, a parceria trouxe ganhos financeiros e ecológicos, já que o efluente tratado atende aos padrões ambientais exigidos pelas leis estaduais e federais.
Sinergia com a sustentabilidade
A parceria entre a empresa especializada no processamento de frutas e Opersan também exemplifica a sinergia de ambas quanto aos princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG). As duas companhias compartilham valores sólidos com relação à sustentabilidade e à preservação ambiental. A indústria, ao demonstrar compromisso com a eficiência operacional e o respeito às normas ambientais, contribui para a criação de um ciclo produtivo mais sustentável. A Opersan, por sua vez, continua a investir em tecnologias avançadas e em práticas de gestão que buscam não só o cumprimento da legislação, mas também a melhoria contínua no controle e tratamento de efluentes.
À medida que a indústria alimentícia enfrenta um aumento contínuo na geração de efluentes, a necessidade de soluções eficientes e adequadas para o tratamento desses resíduos é mais evidente do que nunca. Em 2024, com o crescente foco em práticas sustentáveis e no cumprimento de normas ambientais, as empresas que investirem em tecnologias inovadoras e soluções eficientes terão uma vantagem competitiva no mercado. “Modelos deste tipo são exemplos claros de como a indústria pode avançar em direção a um futuro mais sustentável e alinhado à agenda do clima, com ganhos tanto econômicos quanto ecológicos”, frisa Fernando Donnantuoni.
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