Audiência pública em celebração ao Dia Mundial da Água foi promovida pela Comissão de Meio Ambiente

O evento teve o objetivo de debater a segurança hídrica no contexto das mudanças climáticas e da gestão sustentável dos recursos hídricos


Foi realizada no Senado Federal nesta terça-feira, 18 de março, a audiência pública em celebração ao Dia Mundial da Água, promovida pela Comissão de Meio Ambiente (CMA). O evento teve o objetivo de debater a segurança hídrica no contexto das mudanças climáticas e da gestão sustentável dos recursos hídricos, facilitando a troca de informações, experiências e soluções para os desafios no manejo e uso da água. A reunião foi interativa e transmitida ao vivo na página da CMA. 

A senadora Leila Barros presidiu a audiência pública, que contou com palestras da diretora-presidente da ANA, Veronica Sánchez da Cruz Rios; do diretor interino Marcelo Medeiros; da superintendente de Estudos Hídricos e Socioeconômicos, Ana Paula Fioreze; e do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (CBH Paranaíba), João Ricardo Raiser. Também estiveram presentes a diretora Ana Carolina Argolo, os diretores interinos Marco Neves e Nazareno Araújo, além de servidores(as)da ANA. 

A senadora Leila Barros iniciou sua fala trazendo a importância de se debater sobre a segurança hídrica no contexto das mudanças climáticas e como somos afetados pela temática. “É preciso compreender que não haverá segurança hídrica se não nos atentarmos à mudança que ocorre no clima global e local, assim como a degradação e o desmatamento que impactam diretamente nossos mananciais. Nos últimos anos tivemos experiências que nos trouxeram enorme tristeza: enchentes, deslizamentos, secas históricas em rios de grandes dimensões, a ocorrência de clima árido pela primeira vez em nosso país e tantos outros efeitos que poderíamos citar. Cada um desses eventos nos lembra que a crise hídrica não é um problema do futuro, mas já é do presente”, afirmou a parlamentar. 

Logo em seguida, a diretora-presidente da Agência, Veronica Rios, trouxe a visão da instituição sobre os desafios enfrentados em relação às águas do Brasil. “Estamos trazendo um pouco do contexto da ANA não só nas nossas atribuições e competências, que já são de conhecimento de todos, mas um pouco da importância não só do monitoramento hidrológico, mas como essas informações são essenciais para todas as atividades econômicas e sociais do Brasil. E como que as mudanças do clima afetam a disponibilidade hídrica e todas as atividades produtivas do Brasil. E como é que a Agência Nacional de Águas [e Saneamento Básico] tem tomado iniciativas e ações com objetivo de mitigar esses impactos e promover o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos no Brasil com o apoio de todos os entes Federados”, ressaltou Veronica. 

O diretor interino Marcelo Medeiros abordou em seu discurso a os dados hidrometeorológicos estão presentes em diversos aspectos do dia a dia dos cidadãos e na economia. “Onde que eu uso os dados hidrológicos? Em tudo. A roupa que você tá usando, se ela tem origem vegetal, ela foi plantada. Não existe irrigação sem dados de chuvas, ou dados de rios ou de água subterrânea para captação. Toda a atividade econômica depende de disponibilidade de água. O telhado do prédio que você mora foi calculado com a quantidade de chuva que a gente fornece. Qualquer uso, seja para entregar um serviço público ou para entregar alimento e água na sua casa, ou atividade econômica depende diretamente da disponibilidade de dados hidrológicos”, destacou o diretor. 

Além dos diretores, a superintendente Ana Paula Fioreze também representou a Agência na mesa e abordou estudo da ANA com foco nos impactos das mudanças climáticas para os recursos hídricos brasileiros. “O aumento do interesse de pessoas comuns nos dados hidrológicos, nas informações sobre recursos hídricos, isso está ligado à ocorrência de desastres, às secas mais intensas e mais severas e mais frequentes. [Isso] está ligado à precipitação intensa e percepção das pessoas de que elas estão em risco, que a segurança hídrica está em risco, e isso é uma verdade que é exacerbada, é aumentada pela questão da mudança do clima”, ponderou Fioreze. 

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba, Joao Ricardo Raiser, também estava presente na mesa da audiência pública e relatou sobre seus anos de estudos e de experiência atuando como presidente do CBH Paranaíba, e como as mudanças climáticas impactam as bacias hidrográficas. 

O Dia Mundial da Água

Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água em solo brasileiro. A data foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, no Rio de Janeiro, como um esforço da comunidade internacional para colocar em pauta as questões essenciais que envolvem os recursos hídricos no planeta. Todos os anos a ONU propõe um tema para discussão, sendo que em 2025 a temática em pauta é Salvem Nossos Glaciares. No contexto da?Jornada de 25 Anos da ANA, a Agência propõe como tema As Águas Conectam e o Saneamento Transforma. 

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) 
(61) 2109-5129/5495/5103 

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